VIVER MAIS: Pessoas que incluem esse composto na dieta envelhecem melhor

O mais interessante sobre esses compostos é que eles atuam em mecanismos fundamentais que regulam o envelhecimento celular

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Por que algumas pessoas chegam aos 100 anos com boa saúde e outras não? As chamadas “Zonas Azuis” — regiões do mundo com alta concentração de centenários — podem conter parte da resposta.
 
Nessas áreas, fatores como atividade física, vida social e meio ambiente desempenham um papel importante, mas a alimentação é um dos elementos mais marcantes. Dentro dessa dieta rica, existem alguns compostos que se destacam: os polifenóis.
 
 
Polifenóis: o escudo natural contra o envelhecimento e a chave para a longevidade
 
Polifenóis são substâncias químicas naturalmente presentes em plantas, especialmente em frutas, vegetais, leguminosas, nozes e bebidas como café e chá. Embora não sejam considerados nutrientes essenciais, há cada vez mais evidências de que seus efeitos sobre a saúde podem ser muito relevantes, principalmente no que diz respeito ao envelhecimento.
 
O mais interessante sobre esses compostos é que eles atuam em mecanismos fundamentais que regulam o envelhecimento celular. Ou seja, não apenas ajudam a prevenir doenças específicas, mas também influenciam os processos que aceleram ou retardam a deterioração do corpo. Por isso, são considerados compostos “geroprotetores”: promovem a saúde ao longo da vida, e não apenas a longevidade.
 
Nas Zonas Azuis — Okinawa, no Japão; Sardenha, na Itália; Icaria, na Grécia; Loma Linda, nos EUA; e Nicoya, na Costa Rica — a alimentação é baseada em vegetais e, consequentemente, rica em polifenóis. Embora as tradições culinárias sejam diferentes, todas compartilham certos padrões: alimentos simples, locais e minimamente processados, com predominância de ingredientes de origem vegetal.
 
Por exemplo, a batata-doce roxa, que contém altas doses de antocianinas — um tipo de polifenol com efeito antioxidante e anti-inflamatório — é frequentemente consumida em Okinawa. Tofu, missô e natto, ricos em isoflavonas associadas à melhora da saúde cardiovascular e cerebral, também fazem parte do cardápio local.
 
Na Sardenha, o café e uma dieta rica em leguminosas e vegetais contribuem para uma ampla variedade de polifenóis protetores. Em Icaria, além do azeite extravirgem, rico em oleuropeína, os chás de montanha e as verduras silvestres também são muito populares. Esses alimentos fornecem estilbenos, ácidos fenólicos e flavonoides, que ajudam a reduzir a inflamação e a preservar a função cerebral na velhice.
 
Em Loma Linda, a maioria dos moradores consome frutas como manga, abacate, frutas vermelhas, além de leguminosas, nozes e soja. Todos esses alimentos colaboram para uma dieta rica em flavonoides e isoflavonas.
 
Em Nicoya, a alimentação tradicional combina arroz, feijão preto, mamão, manga e abóbora. Essa combinação fornece não apenas energia e fibras, mas também boas quantidades de polifenóis como quercetina, mangiferina e ácido clorogênico — todos associados a benefícios para o metabolismo e a saúde do cérebro.
 
 
Como exatamente os polifenóis atuam no organismo?
 
Segundo pesquisas recentes, os polifenóis ajudam a regular processos-chave do envelhecimento: protegem o DNA, preservam os telômeros (as extremidades dos cromossomos), reduzem a inflamação crônica, melhoram a função das mitocôndrias e favorecem a eliminação de proteínas danificadas.
 
Além disso, contribuem para a manutenção de uma microbiota intestinal saudável, o que melhora a absorção de nutrientes, fortalece o sistema imunológico e beneficia a saúde do cérebro. Também há evidências de que estimulam a neurogênese — ou seja, a formação de novos neurônios —, o que pode impactar positivamente a memória e o humor.
 
É claro que nem todos os polifenóis são iguais, e nem todos os alimentos contêm as mesmas quantidades. Alguns exemplos especialmente ricos nesses compostos incluem: chá verde (epigalocatequina), café (ácido clorogênico), frutas vermelhas (antocianinas), cebola e aipo (quercetina e apigenina), cúrcuma (curcumina) e azeite de oliva extravirgem (oleuropeína).
 
Embora ainda haja muito a ser estudado, o fato é que dietas ricas em alimentos com polifenóis estão associadas a menor risco de doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, metabólicas e até alguns tipos de câncer. E, mais importante, a um envelhecimento com mais saúde.
 
Não se trata de buscar alimentos milagrosos ou tomar suplementos indiscriminadamente. O que realmente funciona, é um padrão alimentar baseado em plantas, aliado a um estilo de vida ativo, com conexões sociais e baixo nível de estresse.
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