Comerciantes relatam furtos recorrentes de fiação e equipamentos; pedidos incluem rondas na madrugada, combate à receptação de peças e medidas para por fim a cracolândia
Foto: Rondoniaovivo
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Empresários do Centro de Porto Velho afirmam viver uma escalada de furtos a lojas e prédios comerciais nas últimas semanas. Em entrevistas concedidas nesta quarta-feira (12), eles relatam prejuízos com o roubo de fios elétricos, compressores e tubulações de ar-condicionado, além do arrombamento de portas e grades. Os comerciantes pedem reforço do policiamento, principalmente entre 0h e 5h, e ações para coibir a receptação de materiais furtados.
Na Charl’s Óptica, localizada na Rua José do Patrocínio, o empresário Charles Ferreira da Silva disse atuar há cerca de 30 anos no endereço e descreveu um agravamento da violência “nos últimos três ou quatro anos”.

"A segurança se deteriorou significativamente. Roubam fios de energia, tubulações de ar-condicionado e danificam portas. Já levaram os tubos do telhado três vezes e arrombaram a porta em duas ocasiões. A situação é caótica”, afirmou Charles.
Segundo ele, vizinhos instalaram grades de proteção nos aparelhos de ar-condicionado, mas “mesmo com a proteção, arrombam, quebram cadeados e levam os motores”.
O empresário Benicio Holanda, que atua há quase três décadas no setor óptico na Rua José de Alencar, esquina com a José do Patrocínio, relata ao menos dez furtos de fiação e três de compressores no último ano.
"Tive que investir em grades, eletricistas e serralheiros. Um dos compressores, avaliado em R$ 60 mil e com cerca de 80 kg, foi roubado mesmo instalado na laje. Tudo acontece de madrugada, sem que ninguém perceba”, disse.

Para Benicio, além do patrulhamento ostensivo, é essencial atacar o destino das peças subtraídas:
"Sabemos que há um componente social — população em situação de rua e uso de entorpecentes mas pedimos que a polícia intensifique as rondas e investigue a receptação de fios e componentes, punindo quem incentiva essa prática. Precisamos voltar a trabalhar com tranquilidade.”
Na Copiadora Mendes, situada na Av. Campos Sales, esquina com a Rua Afonso Pena, o proprietário Mendes Pessoa relatou que, na semana passada, criminosos levaram monitores, computadores, suprimentos, objetos pessoais e ventiladores. Para entrar, arrombaram cadeado e quebraram a grade de proteção. Mendes cobrou ainda atuação mais efetiva da assistência social, perguntando “cadê a política de atenção aos dependentes químicos?”.

Rondas mais frequentes no Centro, com foco na madrugada (0h–5h);
Ações contra receptadores de fios, motores e compressores;
Apoio intersetorial entre segurança pública e assistência social para enfrentar causas associadas aos furtos.
Rua José do Patrocínio (Charl’s Óptica e entorno);
Rua José de Alencar (esquina com José do Patrocínio);
Av. Campos Sales (esquina com Rua Afonso Pena).
Os relatos reforçam a sensação de insegurança entre lojistas do Centro e expõem prejuízos financeiros com reposição de cabos, equipamentos e estruturas metálicas. Os comerciantes afirmam que continuarão registrando ocorrências e apelam para que as autoridades ampliem a presença policial e estruturem ações contínuas de prevenção.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!