INTERNACIONAL: Pix chega aos EUA em meio a ataques de Trump

Agora, lojistas norte-americanos podem ativar o método em suas maquininhas e oferecê-lo como forma de pagamento

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Foto: Reprodução

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O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) chegou oficialmente nos Estados Unidos, em meio aos ataques do presidente Donald Trump e às investigações conduzidas por órgãos americanos. A partir da última quarta-feira (23), os lojistas credenciados na gigante americana Verifone podem aceitar pagamentos via Pix, por meio de uma parceria com a fintech brasileira PagBrasil.

 

As duas empresas lançaram o  Pix Internacional, que permite aos turistas brasileiros fazer compras em território americano e pagar diretamente em reais. Tudo isso com conversão cambial automática, sem a necessidade de cartão de crédito e diretamente na maquininha dos lojistas.
 
A ferramenta promete transformar o consumo dos brasileiros que visitam o país - segundo dados da International Trade Administration dos EUA, 1,9 milhão  saíram do Brasil para "turistar" em terras americanas, onde gastaram US$ 4,1 bilhão em 2024.
 
Antes, só era possível usar o Pix de forma indireta, por meio de chaves vinculadas a lojistas brasileiros. Com a nova ferramenta, os comerciantes dos EUA podem fazer a venda normalmente, digitando o valor em dólar, e a maquininha irá gerar um QR Code para pagamento.
 
Ao escanear o código, o consumidor verá o valor já convertido para reais, incluindo o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 3,5%. Assim como ocorre no Brasil, a transação é confirmada rapidamente e cai em seguida na conta do vendedor.
 
"Estamos muito felizes em nos associar à Verifone para levar o Pix Internacional ao varejo norte-americano", afirmou em nota Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil. "Essa colaboração não apenas amplia a presença global do Pix, como também oferece aos lojistas nos EUA uma forma poderosa de capturar os gastos de milhões de turistas brasileiros",  completou.
 
Vantagens para os lojistas
 
A novidade traz uma vantagem para os lojistas: com o Pix Internacional, as transações custam cerca de 2%, sem taxas adicionais. Já as operações com cartão de crédito têm entre 2% e 3% de variação, além dos encargos fixos. Por ser instantâneo, o pagamento via Pix reduz o risco de contestações de pagamentos, o que reduz custos operacionais.
 
A tecnologia foi criada para funcionar com qualquer sistema de pagamento que o lojista já use, sem precisar trocar ou atualizar os equipamentos. Isso é possível graças à API de métodos alternativos de pagamento da Verifone. A empresa, que movimenta mais de US$ 8 trilhões por ano, está presente em 75% dos maiores varejistas dos Estados Unidos e atua em 165 países.
 
Os Estados Unidos estão longe de ser o primeiro país a "receber" o Pix: em 2023, ele já foi introduzido na Argentina, por meio das maquininhas do Mercado Pago, serviço do Mercado Livre. No ano seguinte, o sistema chegou a Portugal, em parceria com a empresa Unicred.
 
Na mira de Trump
 
O Pix começou a ser elaborado em 2018, durante o governo de Michel Temer, e foi lançado oficialmente em 2020, na gestão de Jair Bolsonaro. O método de pagamentos instantâneo logo tomou o lugar de transações tradicionais como TED e DOC, já que não cobra tarifa e faz o dinheiro cair automaticamente na conta.
 
Segundo o Banco Central, o Pix é o método de pagamento mais popular entre os brasileiros: no ano passado, a população movimentou R$ 26,455 trilhões em transferências instantâneas. Com isso, bancos e operadoras de cartão de crédito, que antes recebiam pelas tarifas, perderam receita.
 
Foi sob este argumento que, em meio à tensão política e ofensiva protecionista contra o Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, começou a fazer críticas ao método de pagamento instantâneo. 
 
Trump pediu que o Escritório do Representante do Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) investigue o modelo brasileiro de pagamento que, segundo ele, pode impactar os negócios de empresas americanas. Vale lembrar que duas grandes operadoras de cartão de crédito - Visa e Mastercard - são estadunidenses.
 
"O Brasil parece adotar uma série de práticas desleais em relação aos serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a favorecer os serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo", diz o documento.
 
No relatório, o escritório americano diz que o Pix pode "prejudicar a competitividade das empresas americanas que atuam no comércio digital e nos serviços de pagamento eletrônico, por exemplo, ao aumentar os riscos ou custos, restringir sua capacidade de fornecer serviços ou realizar práticas comerciais" 
 
Em resposta, o governo brasileiro lançou uma campanha para defender o Pix. Nas redes sociais, várias postagens falam sobre a facilidade do método de pagamento e a importância para a economia nacional, especialmente entre pequenos e microempresários.
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