Moradores do entorno da obra da Usina Hidrelétrica Jirau foram homenageados, nesta semana, na cidade de Guajará-Mirim, com o lançamento do livro Transformações Amazônicas realizado na Câmara Municipal dos Vereadores. A realização da obra literária é uma parceria entre a Construtora Camargo Corrêa, Instituto Camargo Corrêa e o Museu da Pessoa de São Paulo – SP.
A Construtora Camargo Corrêa atua nas comunidades onde a empresa está inserida. Sua missão é articular e fortalecer organizações que contribuam para a formação integral de crianças, adolescentes e jovens, além de outros públicos favorecidos com os programas sociais desenvolvidos pela instituição. Com a produção do livro Transformações Amazônicas, o relato de vida dos moradores do entorno da usina torna-se de conhecimento de seus leitores. É a chance que toda a população brasileira tem de se interar sobre a verdadeira cultura amazônica.
A publicação do ICC faz parte da série “Memórias dos Brasileiros”, realizado pelo Museu da Pessoa desde 2006. O projeto Transformações Amazônicas inclui, além do livro, uma exposição virtual e material de apoio para ser usado em sala de aula. O objetivo é formar professores de escolas municipais para a sensibilização e valorização das histórias de vida dos moradores. “Os relatos de vida da região amazônica são transcritos e transformados em um material didático para serem usados por professores de português, história e geografia, com o intuito de divulgar a vasta cultura deste povo”, explica Gisele Pennella, analista de projetos do Instituto Camargo Corrêa.
Por meio de relatos, o livro Transformações Amazônicas mostra como o desenvolvimento social de regiões longínquas do Brasil vem modificando a vida dos moradores da Amazônia. Em Jaci-Paraná, Mutum Paraná e arredores, as pessoas falaram suas percepções, a partir da convivência com a construção da Usina Hidrelétrica Jirau. Para Danilo Eijoi, historiador do Museu da Pessoa, o lançamento do livro é resultado de um trabalho minucioso de pesquisa. “Foram realizadas várias entrevistas com as histórias de vida desta gente. É um trabalho sobre as transformações amazônicas, para valorizar as pessoas, visando à divulgação dos depoimentos em todo o Brasil”, comenta.
Antes da cidade de Guajará-Mirim, a inauguração do livro Transformações Amazônicas já havia sido efetivada na capital, Porto Velho. No dia seguinte a cada evento, foram realizadas oficinas de formação de professores de escolas públicas municipais sobre a utilização do material em sala de aula, com duração de quatro horas.
Em Guajará-Mirim, cinco personagens foram homenageados no evento de lançamento do livro. Ao todo, 39 pessoas deram os seus relatos de vida na obra lançada. “Estou muito feliz com a homenagem que recebi. Eu contei um pouco da minha história e posso ter certeza que ela ficará guardada nas páginas do livro”, agradece satisfeita a Senhora Amélia Lopes Legal (77 anos), moradora de Jaci-Paraná, e personagem da obra Transformações Amazônicas.