Momento Lítero Cultural – XXIV

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*SELMO VASCONCELLOS - Porto Velho, RO. Poeta, cronista, contista, antologista, divulgador cultural e editor da página literária impressa semanal “LÍTERO CULTURAL”, desde 15.agosto.1991, em parceria com o saudoso amigo/irmão/escritor José Ailton Ferreira “Bahia”, falecido em 21 de setembro de 2005, no jornal Alto Madeira.Com cerca de 1450 colaboradores no Brasil e mais em 35 países. Obras publicadas (poesia e prosa): REVER VERSO INVERSO (1991), NICTÊMERO (1993), POMO DE DISCÓRDIA (1994), RESQUÍCIOS PONDERADOS (1996) e LEONARDO, MEU NETO (antologia,2004). Livretos independentes (poesia): MORDE & ASSOPRA e suas causas internas e externas (1999), DESABAFOS em memória de ROY ORBISON (2003), Revista Antológica “Membros da Galeria dos Amigos do Lítero Cultural” (2004) e poesias traduzidas para o francês, inglês, alemão, italiano, japonês, russo, grego chinês, polonês e espanhol. www.selmovasconcellos.zip.net. *- *LEILA MÍCCOLIS *UMA HOMENAGEM MUITO ESPECIAL *Escritora / Editora / colaboradora e membro da Galeria dos Amigos do Momento Lítero Cultural do www.rondoniaovivo.com / jornal Alto Madeira ( 1ª participação em 8 de outubro e 1993 ). *- *Carioca, 30 livros editados (poesia e prosa), obras publicadas na França, México, Colômbia, África, Estados Unidos e Portugal, teatróloga, roteirista de cinema e escritora de novelas de tv, entre elas: “Kananga do Japão”, “Barriga de Aluguel” e “Mandacaru”. Elaborou verbetes para a “Enciclopédia de Literatura Brasileira” (MEC/OLAC) e também publicou: “Catálogo da Imprensa Alternativa”, 1986, pela RioArte/Prefeitª do RJ. Publicada na Revista Poesia Sempre (Biblioteca Nacional/MEC), consta do Banco de Dados Informatizados do Banco Itaú - Módulo Literatura Brasileira, Setor Poesia e dos “Cadernos Poesia Brasileira” - vol.4 Poesia Contemporânea, editado pela mesma instituição, 1997. Sua obra é citada e analisada por escritores como: Affonso Romano de Sant’Anna, Glauco Mattoso, Jair Ferreira dos Santos, Assis Brasil, Ígnácio Loyolla Brandão, Heloísa Buarque de Hollanda, Nélida Piñon, Gilberto Mendonça Telles. Co-edita PORTAL BLOCOS, com Urhacy Faustino, 1.958.716 pages mensais, 72 países acessados em novembro, 12.782 páginas literárias cadastradas no banco de dados até agora, 37.229 arquivos online. *- *COMUNIDADES QUE ADMINISTRA NO ORKUT: *Blocos Online (para quem gosta do site: *http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2033033 *Leila Míccolis - Poeta (para quem gosta de mim): *http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2177223 *Profissionalização do escritor (e temas correlatos como direitos autorais): *http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=3082327 *Pós-Modernidade (reflexão sobre): *http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2279370 *Imprensa Alternativa (para quem a faz ou quem a lê): *http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2181367 *Alternativivências (para quem vive aspectos comportamentais alternativos): *http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2181050 *Culinária vegetariana (para quem gosta, pelo menos do tema...): *http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2180802 *Visite também Orkutural, de Christina Hermann e Solange Firmino, além de comunidade, uma coluna de Blocos online : *http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=4952440 *Leila Míccolis - Poeta (porque em poetisa todo mundo pisa...) *http://www.blocosonline.com.br/sites_pessoais/sites/lm/index.htm *Blocos online: http://www.blocosonline.com.br *#################################### *"Esta é a primeira sabedoria do escritor: entender que a escritura, a prosa ou a poesia, se incorpora de um sopro que vem do princípio dos tempos. *- *Esse sopro é feito de material de eternidade. Como a aurora de cada manhã, ele pode ser sempre novo, mas há de ser sempre construído com o seu material de aurora: a harmonia, a melodia, a beleza da palavra inesperada." *(Gerardo Mello Mourão: O Sagrado e O Profano) *################################### *LUIZ DE AQUINO *Achamento da terra fértil em mar de calmaria *- *Mar ignoto, mar de tormentas, *mar de esperanças, mar de outros sonhos. *Mar de trazer especiarias, *mar de fazer calmaria *e o porto que fica onde fica Maria. *O mar está calmo, *a esquadra se deixa a oeste, *sem medo e sem ventos *(em Tordesilhas de Espanha *a herança do mundo *fica de meio para Portugal). *Vera Cruz, Santa Cruz, *gentios de pele morena, *uma gente pequena, *altiva e sem roupas, *vergonhas à mostra... *Ah, Maria que ficou no porto, no Tejo! *São tantas as semanas *de mar e de homens, *e são dóceis as gentes *nas terras ingentes... *Uma ilhota em mar próximo, *uma cruz de Jesus, *grão capelão e a Missa Sagrada *sagrando o achado *da grande ilha de Vera Cruz. *(os gentios, lá longe). *Outra Missa haverá. Aos índios, *água benta e batismo *e a forte mão portuguesa *de El-Rei Dom Manuel, *Primeiro e Venturoso. *A terra, "em nela se plantando, *tudo dá", e nelas, nas índias, *também se há de plantar. *Mas havemos de ir, descobrir outras terras, *converter outros povos *e volver à mãe-pátria, *trazendo alforjes com especiarias *e muita saudade *de novas marias. *- *(Do livro Sarau; Ed. do autor, 2003). *########################### *LINALDO GUEDES *Ciclo *- *não é só querer você por todos os janeiros *cultivando mitos *folha *a *folha *em seu pomar de atritos *- *não é só buscar fevereiro *definindo ritmos *passo a passo *na alegoria: triste arlequim *- *não, não é só procurar águas em março *submergindo *mares e rios *na felicidade de um naufrá(cio) *- *muito menos abrir portas *destravar cadeados *chave a chave *no quarto mês de nossa prisão *- *sei que é um pouco mais *um pouco maio *um pouco mouros perdidos na primavera *- *sei que quero junho *quero junto *quero jung *nada de freud *a explicar minha devoção junina *- *(silêncio em julho) *melhor sorrir a ausência de sorrisos *melhor contar um segredo a juliana *- *não estou bem certo é se rejeitaria a sina de imperador *:agosto *ao gosto agostinista *rituais nada agnósticos *- agnus dei *dai-me um cântico para não rezar *- *sei que sinto o bafo de vulcões *em setembro *a sete léguas de distância *do meu próprio império *como se fora sete pastores em busca de sete línguas e duas irmãs *- *outro mês se inicia, sim *já já anuncio outubro *outrora buscava ruínas *hoje cavo minas *para suar poemas que não vão lhe conquistar *- *novenas de meus encantos *novembro e seus prantos *novelos que se enroscam *metonímias da minha linguagem: *não quero só a parte que me cabe no seu todo *(dezembro é o ano inteiro *onde cabe todos os janeiros de mim em mim). *######################### *YONNE SANTIAGO *GOTAS DE SAL E CHUVA *- *Faz tempo que não chove. *As cadeiras estão ali, sobrepostas *e não há ninguém a usá-las. *Há uma mesa silenciosa. *Gotas d’água respingam *o sal da solidão dos olhos *da mulher que existia. *É febril a sua cor plena, *dolorosa, serena. *- *Faz tempo que não chove. *Nenhum ruído nos vidros da porta *que anunciasse uma chegada, *qualquer que fosse, *avisasse desnecessariamente *a chegada do inverno *ao tédio da mulher estática. *Agora era uma pedra. *Um sentimento gélido e intrépido *como a coragem de nada sentir. *Cavar. *Cavar profundamente em busca *do desejo de desejar. *- *Faz tempo que não chove *e as lembranças advêm: *Cem desejos, cem dores, *um desejo, uma dor. *Nenhum desejo, nenhuma dor. *E a dor de todos os desejos *que a ‘nenhum desejo’ desejam *vai se espreitando na alma, *tortura estéril que elimina a calma *que ali, nunca se permitiria existir. *- *Faz tempo que não chove. *Fazia tempo. *Os olhos da mulher. *Plenos e rubramente febris ainda *se estendem ao horizonte. *- *Buscam uma promessa de chuva. *################### *LUÍZ ANTÔNIO CARDOSO *A CRIAÇÃO DA MULHER *_ *No princípio não havia nada *e o nada era tudo que existia... *mas Deus, sentindo-se solitário no Infinito, *quis realizar suas belas obras de arte *e criou o firmamento, *jogando pingos de tinta *que formaram as estrelas do céu... *Mas por que fulgurantes astros resplandeciam *com demasiada majestade no lindíssimo céu, *se não havia ninguém para admirá-los? *Então Deus em sua divina arte, *esculpiu à sua imagem e semelhança: o homem... *E o homem fazendo companhia ao Grande Arquiteto, *contemplava o mágico cintilar das estrelas... *contemplava o divino e singelo casamento *dos astros com o onipresente Criador... *o homem, achando tão bela a criação, *solicitou a Deus que colocasse estrelas na Terra *para iluminarem as noites turbulentas *e comandarem, juntamente com ele, *o novo mundo que surgia... *... e eis que Deus, *inspirado nas estrelas e nos homens, *esculpiu a maior das obras de arte: a mulher! *################### *ROSI FINCO *MARCAS *- *Os amores mudam rumos de uma vida *Os prazeres passeiam pelo corpo *O desejo neutraliza o racional *O beijo molha eternamente *A boca sedenta *- *A coragem ultrapassa limites *A saudade explora a essência *O calor do aconchego esvai-se *As palavras deixadas ensurdecem *O medo há muito inexistente *- *A alma fortifica-se *O frescor virginal agora extenuado *As marcas inexoráveis *Um cavaleiro andante. *############################### *ABITTAR *Mãe dos Humildes (Poema/oração) *- *Salve Rainha, *Do céu e da terra *Salve Mãe *Do Menino Deus *Quem sou *Para supor *Que implorando *Por ajuda *Tu me ouvirias *Que caído *Tu me erguerias *Que faminto *Tu me alimentaria *Quem sou *Para supor *E no entanto *Implorando *Tu me ouviste *Caído *Tu me ergueste *Faminto *Tu me alimentaste *Salve Rainha *Do céu e da terra *Salve Mãe *Do Menino Deus *Eu nunca *Supus ser *Mas agora sei *Que também sou *Mais um dos tantos *Filhos que socorres *Quando chamam por ti *Salve Rainha *Do céu e da terra *Salve Mãe *Do Menino Deus *E dos humildes *Como eu. Amém! *######################### *ABEL SIDNEY *- *antes tarde do que nunca | ao Affonso Romano de Sant’Anna | *- *anunciou solene o poeta *cá consigo mesmo *com receio de ser ouvido *o que lhe passou de soslaio *pela retina d’alma *que desconjuntada *na quadra daquele dia *não andava tão arrumada *tanto quanto na noite anterior, *quando encontrara certas rimas *(pobres, mas que permitia naquele instante *dizer do que sentia) *- *e agora ao deslizar *as penas da imaginação *entre tantas tramas e enredos *de contos a escrever *imaginava não mais, nada mais *da poesia colher *- *porém, eis que após *a noite do outro dia *sem mais esperar por rimas *eis que da garganta presa *tudo se solta: *como água de boa bica *a escorrer solta pela pia *- *e no batismo de novas rimas *na clara manhã do amanhecido dia *compulsivamente lá escrevia: *prosa poética cheia de vida *pois que esta sim, era a sua sina *- *assim, em meio *a esvoaçantes almas *de outros mundos, vidas *que lhe sussurram ao ouvido *algumas apenas das palavras os fios *outras gritos aflitos *vai o poeta no seu rumo *não importando com os muros *que por vezes se erguem *não como obstáculos, *mas como meio de livrá-lo dos tantos apuros *pois quem vive sem baliza *sem certas peias, sem mesmo *chicote no lombo *como seguir firme na trilha? *- *a dor não mais o incomoda *- *dispensa o que ainda não veio *tão nítido e claro *do que vai por caminhos certeiros *no mapa do destino *tesouros a descobrir *já com endereço certeiro, marcado: *depois da esquina, tome à esquerda *e depois da árvore tombada, *o portão é o terceiro... *- *ele sabe que já chegou lá *e a estrada a percorrer *está toda demarcada *esperando como menino *a ligar a pontos da figura desconhecida, *numerada, a se formar. *- *- e cá entre nós, embora *nem ele acredite *ele – e seu tesouro, arca imensa – *já estão cá, não há mais o que esperar. *#################### *SÍLVIO PERSIVO *SEM PROGRAMA *- Digito minha indiferença *Para obter um resultado *indiferente. *O programa da minha vida *Não passa pelo presente *Nem tem futuro. *Lá se foram milhares de dados. *Lá vem mais alguns milhares. *Energia, memória, inteligência *artificial *Tudo se gasta. *Nada piora *nem melhora. *A vida é igual : *Inútil busca *pessoal. *################# *ANDRÉ CALDAS *Ser Tropicalista *- *Ser tropicalista é ser humano... *É falar o que quer sem medo do dia seguinte. *Ser tropicalista é criar, inovar, debochar, mudar... *É o próprio ser e estar, em qualquer lugar onde possa estar o sabiá. *Ser tropicalista é sentir uma alegria, alegria de poder caminhar, cantar e seguir a canção. *E mesmo se a lembrança fizer doer, não chore mais, tudo vai dar pé, não vai ser em vão. *Pois o Rio de Janeiro continua lindo. *Lindo também continua São Paulo, Bahia, fevereiro, julho, dezembro e março. *Desfrutaremos uma fruta tropical... *Mandaremos um aquele abraço para Caetano, Gil, Chico, Tom e Gal. *Um abraço para as torcidas não só do Flamengo... *Mas também, do Vasco, do Botafogo e do Fluminense. *Um abraço para todas as Realengos e Ipanemas do nosso Brasil. *Seremos guerrilheiros espaciais, e tomar o vinho-sangue naquele cálice de medo... *Nunca mais. *Que sempre seja proibido proibir. *Que sejamos mutantes nesta vida de secos e molhados. *Que o Brasil não seja um país do futuro, e sim, do presente. *Que eu seja eu tanto quanto você é você. *Pela paz na Terra do Mundo e do Mundo de nossa Terra. Pela paz tropical, por nós. *#####################
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