DOIS BRASILEIROS: Cardeal da Amazônia entre os cotados para novo Papa

Outro brasileiro que aparece na lista 23 favoritos é o Arcebispo de Salvador

Jetts

22 de Abril de 2025 às 11:05

Compartilhar via

Siga a gente no Google News

Compartilhar no Whatsapp

DOIS BRASILEIROS: Cardeal da Amazônia entre os cotados para novo Papa

Foto: X (Twitter)

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.

ENTRAR NO GRUPO

Com a morte do papa Francisco, o mundo católico volta suas atenções para o Vaticano, onde o Colégio Cardinalício se reunirá nos próximos dias para escolher o novo chefe da Igreja Católica. Composto por cardeais de diferentes países, o conclave deverá eleger o novo pontífice entre os membros com menos de 80 anos de idade.

Entre os nomes mais cotados, destacam-se figuras de diferentes continentes, incluindo dois brasileiros que despontam como possíveis sucessores de Francisco.

Os brasileiros cotados:

Cardeal Leonardo Ulrich Steiner: Primeiro cardeal da Amazônia brasileira, é natural de Santa Catarina e foi nomeado cardeal por Francisco em 2022. Com formação em filosofia e pedagogia, sua atuação é marcada pelo cuidado com os povos indígenas e com o meio ambiente.

Cardeal Sérgio da Rocha: Atual arcebispo de Salvador, já liderou dioceses importantes como Teresina e Brasília. Com mestrado e doutorado em Teologia Moral, faz parte do Conselho de Cardeais, grupo que assessora diretamente o papa.

Favoritos ao papado:

Cardeal Pietro Parolin (Itália): Atual secretário de Estado do Vaticano e nomeado cardeal em 2013 por Francisco, Parolin é uma figura central da diplomacia vaticana. Formado em Direito Canônico, esteve no Brasil em 2024, onde se encontrou com o presidente Lula (PT).

Cardeal Matteo Zuppi (Itália): Arcebispo de Bolonha, Zuppi tem uma trajetória marcada pelo diálogo inter-religioso e atuações pacifistas, como sua missão especial na guerra da Ucrânia. É conhecido por suas posições progressistas.

Cardeal Pierbattista Pizzaballa (Itália): Patriarca Latino de Jerusalém, tem forte atuação no Oriente Médio e é reconhecido pelo bom diálogo entre cristãos, judeus e muçulmanos. Entretanto, sua posição pró-Palestina pode gerar resistências em alguns setores.

Cardeal Jean-Marc Aveline (França): Arcebispo de Marselha, é tido como o favorito pessoal de Francisco para a sucessão. Tem perfil intelectual e humanista, além de ser conhecido por sua atuação em prol da integração de imigrantes.

Cardeal Péter Erdo (Hungria): Um dos nomes mais conservadores entre os cotados. Presidente da Conferência Episcopal Europeia, foi por muitos anos o cardeal mais jovem do continente.

Cardeal José Tolentino de Mendonça (Portugal): Atual prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, é poeta, teólogo e uma das vozes mais progressistas dentro da Cúria Romana.

Cardeal Mario Grech (Malta): Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, tem atuação voltada à justiça social e é doutor em direito. Sua atuação no recente Sínodo da Sinodalidade o coloca como uma opção forte.

Cardeal Luis Antonio Tagle (Filipinas): Arcebispo de Manila, nomeado por Bento XVI em 2012. Ativo nas causas sociais, é um defensor dos direitos humanos e da luta contra a fome. É bem visto por setores mais progressistas.

Cardeal Robert Francis Prevost (EUA): Prefeito do Dicastério para os Bispos e responsável pelas nomeações episcopais no mundo. Com carreira também no Peru, é frei da Ordem de Santo Agostinho.

Cardeal Wilton Gregory (EUA): Arcebispo de Washington, foi o primeiro afro-americano nomeado cardeal. Figura importante no diálogo racial e nos direitos civis dentro da Igreja.

Cardeal Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo): Arcebispo de Kinshasa, nomeado cardeal em 2019. É uma das vozes mais firmes em defesa da justiça social e da paz na África.

O conclave ainda não tem data definida, mas a expectativa é que ocorra nas próximas semanas. O processo seguirá as normas estabelecidas por São João Paulo II e atualizadas por Bento XVI e Francisco, com sessões diárias de votação até que um dos cardeais atinja a maioria qualificada dos votos.

A escolha do novo pontífice poderá indicar os rumos da Igreja para as próximas décadas: a continuidade da linha reformista de Francisco ou um retorno a posições mais conservadoras. O mundo observa atentamente.

Direito ao esquecimento

Comentários Facebook