Falha no calendário diferenciado coloca em xeque competência de gestores municipais no cumprimento do acordado
Foto: Divulgação
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O professor Aleks Palitot participou na manhã desta segunda-feira (22) de uma audiência convocada pela presidência da casa com o objetivo de discutir o transporte escolar fluvial no Baixo madeira. Além dos vereadores convocados, também se fizeram presente o Chefe da Procuradoria Geral do Município, Salatiel Lemos Valverde, o Secretário Municipal de Educação, Márcio Félix, membros da Comissão de Fiscalização dos Contratos e representantes da empresa detentora dos contratos.
De acordo com Palitot, um dos primeiras atos ao se contratar um serviço é verificar se há algo que desabone o histórico de uma empresa. “No caso desta contratação corremos o risco de passarmos mais dois anos com o processo paralisado”, afirmou o vereador. “Queremos que as crianças cheguem às aulas, e não que morram afogadas no meio do caminho”, observa Palitot.
As 25 embarcações que prestam atualmente o serviço de transporte escolar serão periciadas pelas Marinha, e segundo os servidores da Semed que acompanham o processo, elas não foram reprovadas pelo órgão fiscalizador, mas necessitam de adequações. Segundo o Secretário Márcio Felix, o edital do transporte rural está bem adiantado e após finalizado o processo licitatório faremos o processo do fluvial.
Apesar de todo o esforço envidado pela nova gestão da Semed, não há um plano de ação reserva para o caso das embarcações o que assombra os vereadores, uma vez que a tentativa de solucionar a questão nas zonas rurais resultou na entrega antecipada de veículos que quebraram no primeiro dia de uso, revoltando ainda mais a população.
Comissão de Educação
Logo após concluída a audiência a Comissão de Educação se reuniu para ouvis dos representantes do Conselho Municipal de Educação algumas medidas a serem providenciadas.
Para Mara Geneey Nogueira, atual presidente do Conselho, alguns pontos são extremamente preocupantes. “Quando começaram a repercutir as denúncias acerca do transporte escolar, o órgão procurou o Ministério Público para deliberações. Um dos principais pontos levantados foi a falta de um calendário escolar de 2017 nas localidades atendidas pelo transporte Fluvial.
Além da falta de previsão, há ainda denuncias de falta de abastecimento nas zonas rurais, veículos quebrados e linhas sem atendimento, inclusive com necessidades de reparos para que possa trafegar veículos pela via.
“Embora o contrato esteja assinado o serviço não está sendo prestado e o município terá uma difícil decisão na hora de assinar a planilho”, destaca Mara Geneey, “verificaremos a regularidade do serviço no contrato ou pagaremos apenas pelo serviço prestado”, questiona.
Uma solução mais imediata proposta pelo conselho seria que as empresas disponibilizassem transporte para os professores e as aulas fossem realizadas em locais de possível maior aglutinação de alunos inclusive cogitando a possibilidade de realizar aulas nas cozinhas das famílias da região.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!