Uma grande operação liderada pela Polícia Federal contra garimpo ilegal no rio Madeira, resultou em 95 balsas destruídas em Rondônia e Amazonas. Apenas uma arma calibre 12 foi apreendida. A ação foi autorizada pela Justiça Federal no Amazonas e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou liminar para suspender a operação.
Em balanço fechado às 17h55 de segunda-feira (15), a PF informou a destruição de 71 dragas no Amazonas e outras 24 em Rondônia. A maior concentração da força policial ficou no trecho entre os municípios de Humaitá e Manicoré, no Amazonas, mas como algumas dragas subiram em direção à Rondônia, ação se estendeu em flagrante.
STJ negou liminar contra operação
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão negou o pedido de liminar da Defensoria Pública (DP) do Amazonas que visava interromper temporariamente a utilização de explosivos para destruir balsas artesanais de ribeirinhos (pequenos extrativistas) empregadas na extração de ouro no Rio Madeira, especialmente na região de Humaitá (AM). A DP pretendia que o uso de explosivos fosse suspenso pelo menos até o julgamento definitivo de um mandado de segurança submetido à Primeira Seção.
Operação Boiuna
Operação envolveu agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública. As ações foram concentradas no leito do rio Madeira, entre os municípios de Manicoré e Humaitá, no Amazonas.
Servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) acompanham a operação, adotando providências quanto às condições precárias de trabalho a que são submetidos os trabalhadores encontrados nas balsas.