Na abertura da 1ª Feira de Livros de Porto Velho, na última terça-feira (1º), o patrono do evento, o escritor e presidente da Academia de Letras de Rondônia Aparicio Carvalho em um momento de seu discurso se queixou do descaso com que o prédio onde antes funcionava a biblioteca Dr. José Pontes Pinto – na avenida Farqhuar, esquina com a avenida Pinheiro Machado, ao lado da escola Carmela Dutra, no bairro Caiari - e depois fora repassado à Academia, se encontrava, totalmente abandonado e depredado. Aparício pediu providências do Governo para que a chave do local seja repassada à entidade em vista de recuperar o prédio para que as atividades acadêmicas sejam retomadas.
O prédio antes funcionava como biblioteca Dr. José Pontes Pinto, atendendo a demanda das escolas que ficam naquele perímetro, como Carmela Dutra, Duque de Caxias e Castelo Branco. Durante o Governo de José Abreu Bianco (1999/2002) o local foi cedido para a Academia de Letras de Rondônia, onde, de acordo com o Ofício Nº 04/SG//ALR/2007, esteve funcionando normalmente após reformas feitas por empresas da iniciativa privada e com a colaboração do Ministério Público de Rondônia que doou móveis, ar condicionado e outros materiais.
Nesse mesmo documento é relatado que no dia 1º de julho de 2004 a ARL (
Academia de Letras de Rondônia) recebeu o Ofício Nº 242/GAB/SEEL onde foi solicitada a chave da Academia para reforma por solicitação do governador Ivo Cassol, e que através do ofício 001/2004/ALR foi entregue cópia das chaves ao gerente de patrimônio da SECEL (
Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer), Paulo de Tarso Veche e Silva, onde a Desembargadora e acadêmica Zelite Carneiro intermediou junto a Procuradoria do Estado.
Aparício descreve no Ofício Nº 04/SG//ALR/2007 que teve uma grande surpresa ao descobrir que parte da documentação (
livros e acervos) fora destruída com o abandono do local, o que foi registrado em Ocorrência Policial e perícia. Junto a esse documento que fora encaminhado ao governador Ivo Cassol, o presidente da Academia anexou tanto o B.O. como o laudo pericial comprovando a perda do material.
Aparício pede formalmente que o Estado devolva a sede da ARL para que seja feita a recuperação do prédio e restabelecida as atividades culturais e educativas que compete à entidade.
Em outro Ofício (
o de Nº 03/SG/ALR/2007) encaminhado pela ALR ao gerente do patrimônio da União, Antônio Roberto dos Santos Pereira, o presidente da Academia, Aparício Carvalho pede textualmente:
“
(...) mais uma vez solicitamos a prestimosa atenção de Vossa Senhoria no sentido de não deixar que ocorra a destruição total do prédio onde estava instalada a Academia de Letras de Rondônia. Lembramos ainda que desde que nos foi solicitado as chaves da Academia de Letras de Rondönia para reforma e destruído quase todo o acervo a Academia de Letras de Rondônia ficou sem referências para as suas atividades (...)”
A reportagem do
Rondoniaovivo.com tentou entrar em contato com o secretário titular da SECEL, professor Jucélis Freitas, primeiro no seu gabinete e depois via celular, mas o mesmo não atendeu por estar em reunião. O site também tentou entrar em contato com Paulo de Tarso, gerente de patrimônio da SECEL, mas foi informado pela Secretaria que o mesmo estava em reunião no Palácio Getúlio Vargas na manhã dessa quinta-feira (03).
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