Projeto do filme será lançado no ano que vem para coincidir com o 110º aniversário da organização
Foto: Divulgação
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Intrigas de bastidores internacionais, compadrio e acusações quanto a imensos esquemas de corrupção: a história da Fifa, a organização que comanda o futebol mundial, certamente está madura para uma dramática versão cinematográfica.
Mas o filme que está sendo preparado sobre o tema, estrelado por Tim Roth e Gérard Depardieu, na realidade parece ser uma versão santificada da história e um relato hagiográfico sobre Joseph Blatter, o presidente da organização.
O projeto do filme tem o título provisório de "F2014", e será lançado no ano que vem para coincidir com o 110º aniversário da organização e com a Copa do Mundo do Brasil. O filme será rodado no Azerbaijão, França e Brasil, de acordo com o ministro azeri da cultura.
Roth interpretará Blatter, enquanto Dépardieu fará o papel de Jules Rimet, o presidente de mais longo serviço na história da Fifa e cujo nome foi perpetuado na taça da Copa do Mundo.
O filme está sendo produzido pela Leuviah Films, uma produtora francesa que não parece ter qualquer filme anterior em seu histórico, e pela Thelma Films. Não está claro quem está financiando o projeto, mas ele parece contar com plena aprovação da Fifa.
Roth é 25 anos mais jovem que Blatter, 77, mas o presidente da Fifa afirmou que sua escolha para o papel era excelente. Um vídeo no site da Fifa mostra um encontro entre Blatter e Roth, com o presidente da Fifa saindo de uma limusine para abraçar o ator. Blatter declarou mais tarde que havia sido um encontro muito interessante.
"Eu li boa parte de seu currículo, e sobretudo, todos os filmes, que Tim Roth realizou. Estava ansioso por me encontrar com ele, e agora que o encontro aconteceu percebi que temos mesmo alguma coisa em comum", afirmou.
Blatter disse que Roth havia concordado em que os dois tinham, "digamos, qualidades comuns".
Dépardieu adquiriu a cidadania russa este ano. Desde então, ele vem viajando pela Rússia e pelas antigas repúblicas soviéticas, no que ocasionalmente parece ser um esforço deliberado para fazer contato com os mais desagradáveis políticos da região.
Blatter dirige a Fifa desde 1998, e deu a entender que tentaria a reeleição novamente em 2015, a despeito de ter declarado anteriormente que não o faria. Seu reinado foi marcado por acusações de corrupção na Fifa, e ele ganhou notoriedade por suas declarações controversas sobre temas como o futebol feminino e o racismo em seu esporte.
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