A IV Mostra Sesc de Música terminou ontem à noite, alcançando relativo sucesso.
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Quando dizemos que o sucesso foi apenas relativo, estamos nos referindo à presença do público.
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Em nenhum dos quatro dias o Teatro 1 ficou com todas as poltronas ocupadas.
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Antes, quando a entidade investia em publicidade, divulgando seus eventos através da mídia, a freqüência era, sem comparação, muito maior.
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Lembro dos primeiros anos do FAM quando a quadra do Sesc ficava totalmente lotada
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As torcidas dos compositores ou das músicas e cantores se preocupavam em colocar em pontos estratégicos da quadra, faixas conclamando os jurados a votarem na sua música preferida.
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A turma (torcida organizada), fazia o maior fuzuê.
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As músicas eram selecionadas por uma comissão constituída de músicos e maestros de primeira linha como era o caso do Ronildo Carvalho, Alkbal Sodré, Paulinho Rodrigues, Weskley e tantos outros.
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Não sei não, na minha opinião o modelo Festival é bem melhor que o modelo Mostra.
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Apesar de que, nas quatro Mostras já realizadas, o nível das canções com raríssimas exceções, é ótimo.
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Apesar de não ter assistido o primeiro dia da Mostra, algumas pessoas que assistiram, me garantiram que foi boa.
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Não fora o problema com o violão do Kaliko Viana e aquele com o som que demorou mais de uma hora para ser sanado....
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Já na segunda noite, que aconteceu sábado, lá estava eu.
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E para minha felicidade, tudo aconteceu dentro dos padrões.
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Apenas quatro compositores/cantores apresentaram música na noite de sábado.
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Tenham certeza, que, se fosse na base da competição, sem medo de errar, o vencedor sairia da noite de sábado.
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A noite começou com o Giovane Basílio dando um show de interpretação.
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Cada compositor/cantor tinha direito a apresentar três músicas.
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Depois do Giovane mostrar o trabalho que desenvolve em Ariquemes.
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Foi a vez do Lorisvaldo Lopes artisticamente conhecido como Grego.
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Grego já chegou corrigindo a bela apresentadora: "O nome da afinação é Rio Abaixo e não Fio".
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Foi o único a apresentar um trabalho apenas instrumental.
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Com a viola "de afinação pouco usada", ao colo e acompanhado apenas pelo percussionista Bira Lourenço.
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Grego dedilhou sua viola magnificamente, mostrando a música "Dormente". Na realidade deveria ser "revitalizante" o nome da canção, pois foi aplaudida calorosamente.
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Chapéu com fita vermelha como se fosse um cantador do "Divino", ele chega calmo, violão colado no peito e solta o vozeirão.
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Vozeirão de nordestino já acostumado com caldeira de tambaqui preparada com chicória e alfavaca.
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É o H Montenegro.
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Na terceira música ele chamou os músicos comandados pelo Ronald Vasconcelos, convocou a platéia a participar e mandou ver naquilo que a gente pode até classificar como "Ponto" de macumba, mas que na realidade é mais um maravilhoso trabalho de pesquisa do H Montenegro.
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Boa Noite pra quem é de boa noite, o som foi fluindo, a platéia se empolgando, e o H dominou completamente a platéia, foi um show.
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Ele até, (não sei estava no scripte) fez a apresentação dos músicos dentro da interpretação da sua música. Valeu Montenegro!
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E aí, depois desses três, será que ainda vamos ser agraciado com coisa melhor?
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Aí foi a surpresa da noite,
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Marcos Biesek.
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Que me desculpem os demais cantores da noite de sábado e até os da noite de sexta feira.
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Se o evento fosse no estilo FAM, fosse festival, não tinha pra ninguém.
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O Marcos teria comido a parada com a belíssima canção que fala sobre a pirataria dos produtora da floresta amazônica.
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Sem desprezar as outras duas músicas por ele apresentadas.
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O cara é bom de composição, de interpretação e de humildade.
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A noite de sábado foi de Ji Paraná, Porto Velho e acima de tudo de Ariquemes já que o Marcos também mora lá.