Só tem ocorrido reviravoltas com os candidatos favoritos levando pau
Foto: Divulgação
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Uma das publicações mais respeitáveis do campo científico em todo o mundo, a revista Nature incluiu o cientista brasileiro Luciano Moreira na lista dos dez nomes que mais influenciaram a ciência em 2025. A inclusão homenageia a contribuição decisiva de Moreira para o enfrentamento de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya.
Moreira não mereceu a homenagem por qualquer coisa. Fora duas décadas de pesquisa e atividades para desenvolver dentro do mosquito transmissor a bactéria Wolbachia, que impede o vírus de se replicar dentro do inseto, tornando-o incapaz de transmitir doenças. A multiplicação dessa linhagem do Aedes levará à neutralização das doenças que ele disseminava tão frequente e rapidamente. Felizmente o paciente pesquisador conseguiu trabalhar sem ter uma engrenagem oposta para triturá-lo, como acontece com os pesquisadores que tentam proteger a Amazônia e enfrentam um batalhão de negacionistas animados pelos dólares de quem perderia milhões com os controles ambientais.
Ótima notícia, por falar em Aedes, é que a Oxitec, empresa britânica de controle biológico de pragas, inaugurou em Campinas (SP) a maior biofábrica do mundo dedicada à produção de mosquitos com a bactéria Wolbachia. A má notícia é que a fábrica não surge sem oposição: há obstáculos regulatórios a vencer que funcionam como um comitê de proteção aos piores mosquitos.
Num ano de anunciadas desistências na disputa pelo governo de Rondônia, chama atenção as renuncias das candidaturas de nomes expressivos, como as do ex-governador e atual senador Confúcio Moura (MDB) e do ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB). Mesmo com grande estrutura para disputar o Palácio Rio Madeira, numa aliança de oito partidos, Confúcio amarelou. Deve ter farejado que o bolsonarismo no estado é muito forte. No caso de Hildon Chaves, o tucano não conseguiu se viabilizar, sem escuderia de candidatos ao Senado e chapas competitivas a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados.
As eleições em Rondônia ao governo do estado se assemelham as corridas malucas. Exceto, Ivo Cassol só tem ocorrido reviravoltas, com os candidatos favoritos levando pau. Assim, postulantes esquálidos nas pesquisas, sem favoritismo, chegaram ao topo como Valdir Raupp José Bianco, Confúcio Moura e Marcos Rocha. A jornada 2026 começa com várias desistências e o favoritismo do senador Marcos Rogério (PL). Ele também foi favorito contra o atual governador Marcos Rocha e levou pau. Que se cuide contra o sortilégio contra os favoritos em Rondônia, com histórico de grandes derrotas. Que vá se benzendo desde já.
Universitários me indagaram durante a semana quem são os grandes favoritos para os cargos proporcionais à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Não tenho pesquisa nenhuma atualizada e minha opinião é sustentada por meras sondagens. Para a Câmara dos Deputados, os nomes do ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB), o ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB) e o atual deputado Lucio Mosquini (MDB-Ouro Preto) a reeleição. Para Assembleia Legislativa cravo os nomes de Laerte Gomes (PSD-Ji-Paraná) e Alex Redano, (Ariquemes) e Ieda Chaves (Porto Velho). Lembrando que favoritismo por aqui é quebrado pelas constantes zebras.
Com o vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) mantendo sua candidatura ao governo do estado no ano que vem, a primeira dama Luana Rocha e o maninho do governador Sandro Rocha seguindo as articulações visando respetivamente a disputa de cadeiras a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa, fica difícil com estas pistas todas dadas pelo govenador Marcos Rocha continuar insinuando nos bastidores que vai permanecer no cargo até o fim do mandato. Para Gonçalves, Luana e Sandro seguirem candidatos dependem da renúncia do mandatário. O que se vê é que os entendimentos para a renúncia do cargo seguem nos bastidores tendo como empecilho somente a divisão do secretariado. Rocha quer ficar com a fatia do leão.
Diante da decisão do ex-governador Confúcio Moura em não disputar novamente o governo estadual, optando pela peleja da reeleição ao Senado, que é considerada por ele uma opção mais segura, a coalisão formada pelos partidos da Caravana Esperança busca outra alternativa progressista. O ex-senador Acir Gurgacz tem descartado a opção, pois busca uma cadeira ao Senado. As consultas seguem entre as agremiações e um dos partidos defende o lançamento do ex-governador Daniel Pereira, que consultado sobre o assunto não diz nem que sim, nem que não. Gente, quando se responde assim é porque o cara aceita a indicação, né?
*** Em mais um ano com previsível polarização de forças entre a direita e o campo progressista, começa 2026 com um País repleto de escândalos para todos os lados. Do INSS a Master *** E o ano desponta com pesquisas eleitorais fajutas para todos os gostos e credos. É só o cliente pagar que ele vai “liderar” a corrida para Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados, Senado e até o governo de Rondônia *** Depois de visitar inúmeros municípios de Rondônia durante o ano de 2025, o ex-governador Valdir Raupp desistiu de disputar cargos eletivos em 2026 *** O ex-senador Amir Lando se recupera de cirurgia para disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!