A disputa ao governo de Rondônia em 2026 já começa a delinear contornos fortes, segundo levantamento do instituto Real Time Big Data divulgado nesta sexta-feira (17). A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre os dias 15 e 16 de outubro, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Quatro cenários foram avaliados, e os resultados revelam uma disputa fragmentada, com destaque para nomes como o senador Marcos Rogério (PL), o deputado Fernando Máximo (União) e o ex-senador Ivo Cassol (PP) — cada um deles liderando potencialmente em determinados cenários.
Cenários de intenção de voto
Cenário 1
Marcos Rogério: 23%
Fernando Máximo: 21%
Adaílton Fúria (PSD, prefeito de Cacoal): 19%
Hildon Chaves (PSDB, ex-prefeito de Porto Velho): 12%
Confúcio Moura (MDB, senador): 11%
Samuel Costa (Rede, ex-candidato a prefeito de Porto Velho): 2%
Nesse primeiro panorama, Rogério lidera por margem estreita, com Máximo logo atrás e Adaílton em terceiro lugar.
Cenário 2
Fernando Máximo: 25%
Adaílton Fúria: 20%
Jaime Bagatolli (PL): 16%
Hildon Chaves: 12%
Confúcio Moura: 11%
Samuel Costa: 2%
Aqui, Máximo assume a liderança, Adaílton sobe, mas o senador Marcos Rogério não aparece entre os principais colocados.
Cenário 3
Ivo Cassol: 20%
Marcos Rogério: 18%
Fernando Máximo: 16%
Adaílton Fúria: 15%
Hildon Chaves: 10%
Confúcio Moura: 9%
Samuel Costa: 2%
Cassol assume a liderança nesse cenário, com Rogério e Máximo próximos.
Cenário 4
Ivo Cassol: 25%
Fernando Máximo: 20%
Adaílton Fúria: 18%
Confúcio Moura: 12%
Hildon Chaves: 12%
Samuel Costa: 2%
Nesse cenário, Cassol amplia sua margem e Máximo mantém-se como principal adversário. Confúcio Moura e Hildon Chaves empatam.
Rejeição dos pré-candidatos
A pesquisa também testou os índices de rejeição entre os potenciais candidatos — um fator crítico que pode interferir fortemente no desempenho eleitoral. No entanto, o levantamento divulgado publicamente não detalhou na íntegra todos os percentuais de rejeição de cada nome.
Ainda assim, considerando o cenário político de Rondônia e estudos anteriores, a rejeição costuma refletir obstáculos para aceleração de campanha, sobretudo para quem já exerce mandatos expressivos.
Para efeito de comparação, em outro estado, uma pesquisa recente mostrou que o senador Omar Aziz (PSD) liderava índices de rejeição — 41% — entre pré-candidatos ao governo do Amazonas.
Embora não seja diretamente comparável, ilustra o peso que a rejeição pode ter em disputas estaduais.
Além disso, o atual governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), aparece em pesquisa também realizada pelo Real Time Big Data com aprovação de 58% e desaprovação de 39%. Tal balanço de gestão pode influenciar o ambiente eleitoral estadual

Interpretações e possíveis implicações
Disputa segmentada — A multiplicidade de cenários revela um cenário bastante pulverizado, com nenhuma candidatura despontando como hegemonia absoluta.
Importância de rejeição e mobilização — Com margens estreitas, índices de rejeição e capacidade de mobilização local (nos municípios) poderão definir viradas ou manter candidaturas viáveis.
Oscilações dinâmicas — Os cenários mostram que liderança pode variar conforme combinações de candidatos, o que estimula arranjos estratégicos, alianças e cálculo eleitoral.
Fortalecimento local — Candidatos com base municipal (como Adaílton Fúria) ou histórico de forte presença regional podem desafiar nomes com penetração estadual.
A pesquisa do Real Time Big Data marca um ponto de partida para as projeções de 2026 em Rondônia, mas é importante ressaltar que estamos ainda em um momento inicial. Cenários podem mudar com debates, alianças, estratégias eleitorais e variáveis externas.