PESQUISA EXCLUSIVA: Cassol renasce no tabuleiro eleitoral de RO com mudança na lei da Ficha Limpa

Decisão do Senado que alterou a Lei da Ficha Limpa abriu caminho para a volta de Ivo Cassol ao jogo político

PESQUISA EXCLUSIVA: Cassol renasce no tabuleiro eleitoral de RO com mudança na lei da Ficha Limpa

Foto: Divulgação

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A decisão do Senado, aprovada no dia 2 de setembro, que alterou a Lei da Ficha Limpa e abriu caminho para a volta de Ivo Cassol ao jogo político, redesenhou o cenário da sucessão estadual em Rondônia. Faltando ainda 14 meses para as eleições gerais, a presença do ex-governador e ex-senador na disputa já movimenta aliados, adversários e o eleitorado, como mostram os dados coletados pelo IHPEC, sob encomenda do site Rondoniaovivo. Foram ouvidos 1700 eleitores em 38 municípios de Rondônia durante os dias 21 de julho e 15 de agosto. A margem de erro é de 2,5 pontos e o intervalo de confiança é de 95%.
 
 
Espontânea: Cassol já aparece mesmo sem ser citado
 
Na questão espontânea, quando o eleitor é convidado a citar um nome sem que opções sejam apresentadas, Cassol surge com 11,9% das intenções, ficando atrás apenas do expressivo número de indecisos (75,4%). Marcos Rogério aparece com 5,5% e Adailton Fúria com 3,8%, enquanto os demais nomes mal ultrapassam a casa de 1%.

Esse dado confirma que, mesmo fora do páreo até então, Cassol manteve forte presença na memória política do eleitor rondoniense.
 
 
Primeiro cenário: Cassol e Rogério lado a lado
 
Na simulação com Cassol, Marcos Rogério, Adailton Fúria, Hildon Chaves e Sérgio Gonçalves, o ex-governador lidera com 35,9%, seguido de Rogério com 26,7% e Fúria com 15,5%. O índice de indecisos ainda é significativo (15,6%).
Aqui fica claro que Cassol divide a base bolsonarista com Rogério e Fúria, todos orbitando o mesmo espectro ideológico.
 
 
Segundo cenário: sem Fúria, Cassol avança
 
Ao retirar Adailton Fúria e incluir o deputado federal Fernando Máximo, os números mostram um movimento relevante: Cassol sobe para 43,8%, ampliando a distância sobre Rogério (23,5%). Fernando Máximo aparece com 15,5%, revelando potencial de crescimento entre eleitores que buscam alternativas à velha polarização.
 
 
Terceiro cenário: Cassol domina sem Rogério e Fúria
 
O quadro mais favorável a Cassol aparece quando Rogério e Fúria saem da disputa. Nesse arranjo, Cassol dispara para 47,6%, enquanto Máximo ocupa a segunda posição com 27,3%. A soma dos demais nomes não ameaça a dianteira, e com a redução dos indecisos (15,8%), Cassol se aproximaria de uma vitória em primeiro turno.
 
 
Interpretação política
  1. Força latente – Mesmo fora da cena institucional há anos, Cassol manteve recall e capital político. Sua volta ao páreo reconfigura totalmente a disputa.
  2. Divisão da direita – Enquanto estiverem no jogo Marcos Rogério e Adailton Fúria, Cassol enfrentará divisão de eleitores no mesmo campo ideológico. A ausência de um deles amplia sua vantagem.
  3. Geopolítica eleitoral – Além de disputarem o mesmo eleitorado ideológico, Cassol, Rogério e Fúria concentram suas bases em regiões adjacentes: Zona da Mata (Cassol), Ji-Paraná (Rogério) e Cacoal (Fúria). Isso gera sobreposição territorial e acirramento local.
  4. Aliança provável – Historicamente aliados, Cassol e Fúria dificilmente irão a um confronto direto. Caso consolidem uma aliança, o bloco formado poderia neutralizar Rogério e reduzir ainda mais a dispersão de votos.
  5. Ausência da esquerda – A pesquisa mostra que o campo progressista não conta com nomes competitivos neste momento. Esse vácuo beneficia Cassol, que, apesar de identificado com pautas conservadoras, mantém simpatia em setores da esquerda por sua imagem de gestor pragmático e por transcender barreiras ideológicas.
  6. Indecisos fluidos – Os 12% a 15% de eleitores que mudam conforme o cenário indicam pragmatismo: seguem mais o perfil do candidato disponível do que um compromisso rígido com ideologia.
 
Conclusão
 
Os números apontam que a aprovação da mudança na Ficha Limpa recolocou Cassol como protagonista imediato da eleição de 2026 em Rondônia. Sua competitividade é evidente: em todos os cenários ele lidera com folga, e em alguns pode vencer já no primeiro turno.

Contudo, a disputa ainda dependerá da configuração de alianças. Uma possível união com Fúria reforçaria sua hegemonia, enquanto a fragmentação da direita favorece Rogério. Sem nomes fortes da esquerda no horizonte, Cassol ocupa um espaço raro na política rondoniense: o de candidato que fala para além das fronteiras ideológicas, sustentado pelo peso do passado e pelo desejo de parte do eleitorado por liderança experimentada.
 
 
Tabelas das pesquisas:
 
 
 
 
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