AMAZONAS - Advogado de Manaus é preso por desacato à CPI

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*Depois de sete meses de funcionamento, os integrantes da CPI dos Correios fizeram ontem sua primeira prisão em flagrante. O advogado Marcus Valerius Pinto Pinheiro de Macedo (foto) foi preso por desacato, com base no artigo 331 do Código Penal. Careca igual ao seu famoso homônimo, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do “mensalão”, o amazonense Marcus Valerius foi irônico ao responder as perguntas de integrantes da CPI e acabou sendo levado pela Polícia Federal. *A gota d’água para o pedido de prisão do advogado foi o comentário que ele fez ouvir a proposta do deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG), para que fosse quebrado o seu sigilo bancário, telefônico e fiscal, de sua esposa e sua irmã. “Pede da mãe então”, disse, em tom irônico. Imediatamente o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) ameaçou dar voz de prisão a Marcus Valerius. A sessão da sub-relatoria de contratos foi suspensa e integrantes da CPI foram consultar o presidente da Comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MG), sobre a prisão do advogado. *Depois de quase uma hora, a cúpula da CPI dos Correios decidiu efetuar sua primeira prisão. “O parlamento e o povo brasileiro foram execrados. O depoente foi reincidente porque usou ironia e nos colocou em xeque”, afirmou Cardozo. A voz de prisão foi dada por Delcídio Amaral. Antes da prisão, os integrantes da CPI avisaram à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional e a do Amazonas, Estado onde Marcus Valerius advoga. “Fui constrangido e humilhado por esta Comissão”, reclamou Marcus Valerius, que foi levado para a superintendência da Polícia Federal em Brasília. *No depoimento à CPI dos Correios, Marcus Valerius confirmou que sacou mais de R$ 1 milhão da conta da empresa Skymaster, que era encarregada pelo transporte aéreo dos Correios. Ele contou que ia ao banco, em Manaus, sempre acompanhado do segurança Francisco Carioca. O dinheiro sacado era entregue para João Marcos Pozzeti, um dos sócios e diretores da Skymaster. *Os cheques para sacar o dinheiro eram de Pozzeti. O sub-relator de contratos suspeita que os saques na boca do caixa foram feitos para o pagamento de propina. *Marcus Valerius disse que foi advogado da Skymaster entre 1999 e 2001. Contou que tinha um contrato de prestação de serviços com a empresa de transporte aéreo e que ganhava R$ 750 por semana - R$ 3 mil por mês. Confirmou que não declara Imposto de Renda desde 2001 e disse também que deveria receber R$ 250 mil em honorários da Skymaster, dinheiro que nunca ganhou. *A Skymaster é acusada de superfaturar em R$ 64 milhões os contratos fechados com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) entre junho de 2001 e abril do ano passado. De acordo com a investigações da Comissão, a companhia aérea teria enviado cerca de R$ 60 milhões para o exterior através de contratos simulados de arrendamento de aviões com duas empresas das Ilhas Virgens Britânicas. A CPI detectou que o volume de recursos remetido ao exterior é semelhante ao superfaturamento de R$ 64 milhões, apurado pela auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), nos contratos fechados entre a Skymaster e os Correios.
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