O ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), suspendeu a convocação para a eleição da nova mesa diretora da Associação Rondoniense dos Municípios - AROM, que seria realizada de forma antecipada após conflitos envolvendo prefeitos que não admitiam a permanência de Chaves na presidência da entidade.
Anunciado no início do mês de abril, a eleição da nova direção da AROM seria uma consequência da pressão feita pelos prefeitos que mantiveram a posição de que era necessário estar no mandato executivo de um dos municípios rondonienses para ser o presidente da associação.
Vale destacar que na atual composição da mesa diretora a AROM, além de Chaves, também figuram os ex-prefeitos Valteir Queiroz (UNIÃO) e Isaú Fonseca (UNIÃO), ambos foram alvos de operações e afastados de seus mandatos, porém, seguiram como representantes da alta cúpula da entidade.
De acordo com Chaves, em decisão publicada no Diário Oficial da AROM desta segunda-feira (28), a nova eleição foi suspensa por conta da realização de uma auditoria completa que será promovida nas contas da associação. Uma empresa será contratada para realizar esse serviço.
Ainda conforme a decisão publicada por Chaves, a suspensão do processo eleitoral se dá por tempo indeterminado, até que haja a conclusão da auditoria nas contas da entidade. Como a empresa sequer foi contratada, a expectativa é de que o ex-prefeito de Porto Velho siga à frente da AROM ainda por um bom período de tempo.
Essa manobra de Chaves para se manter à frente da AROM poderá ter consequências pesadas para a entidade, que já vive um processo de “racha” entre seus membros. Faltando pouco mais de um ano para o pleito 2026, o controle da AROM se tornou estratégico.