Na última sexta-feira(04), a BR-364 foi palco de duas tragédias, infelizmente, anunciadas. Em dois acidentes, em pontos diferentes da estrada, cinco pessoas morreram e alguns ficaram feridos. Essas fatalidades mostraram a urgência na união entre Governo de Rondônia, Governo Federal, políticos, empresários e sociedade em geral para a duplicação da via.
No primeiro acidente, ocorrido nas primeiras horas da manhã, de sexta-feira, um ônibus colidiu de frente com um caminhão. Nesse acidente, morreram Orlando Schwantes, Divino Bispo de Souza e Ivanildo de Paula Ribeiro. Essa batida aconteceu no trecho da BR próximo à Presidente Médici.
A segunda colisão ocorreu, horas depois, a cerca de 70 quilômetros de Vilhena, quando faleceu o casal Fernando Machado de Lima e Eliézia, moradores da cidade de Chupinguaia, no Cone Sul de Rondônia.
O Toyota Corolla deles, bateu de frente com uma carreta, ficando totalmente destruído. Nesta tragédia, quase que por milagre, se salvaram os dois filhos do casal, de 7 e 8 anos de idade, que não tiveram ferimentos graves.
O casal Fernando Machado de Lima e Eliézia morreu na colisão, mas os dois filhos saíram ilesos na colisão do carro da família com uma carreta, próximo a Vilhena
Os dois acidentes vão para a triste estatística de mortos em acidentes na BR 364 que, quase todos os dias, ceifa vidas, deixando famílias desestruturadas e órfãs.
Terror
Para o jornalista Paulo Andreoli, que está acostumado a dirigir pela BR 364, a estrada se tornou um verdadeiro exercício de sangue frio, devido ao alto número de carretas que não respeitam os limites de velocidade e a falta de fiscalização por parte da Polícia Rodoviária Federal.
“Quer viver um dia de terror, dirija nessa estrada obedecendo o limite de 80 km por hora, para ver o que os caminhões fazem com você. Não respeitam ninguém porque não tem fiscalização. Virou uma terra sem lei”, disse.
A situação só evidencia a necessidade de toda a sociedade rondoniense se unir exigir a duplicação total dessa estrada, que é a principal ligação entre o nosso estado, Acre e Amazonas com o restante do país por terra.
O asfaltamento da BR 364 ocorreu em 1983 e, naquela época, a população rondoniense era bem menor e a via atendia de forma satisfatória as necessidades da região. Hoje, o número de moradores aumentou, o de cidades também e a rodovia já não suporta o tráfego pesado e intenso.
Com vontade política é possível tirar da BR 364, o título, lamentavelmente justo, de ‘corredor da morte’. É passada a hora de colocarmos as disputas políticas em segundo plano e exigir do Governo Federal uma ação nessa estrada. Do contrário, teremos ainda, infelizmente, muitas histórias de tragédias para noticiarmos. Ninguém quer isso!