A população da cidade de Porto Velho já está acostumando a conviver entre os andarilhos, mendigos e desajustados que perambulam pela cidade sem que o Poder Público faça alguma coisa no sentido de socorrê-los. Alguns deles ameaçam e assustam as pessoas com gritos e pedidos de ajuda. Quando não são atendidos, disparam palavras ameaçadoras em direção ao cidadão que paga seus impostos compulsoriamente em dia.
Tanto a Prefeitura Municipal de Porto Velho, quanto o Governo do Estado deveriam ter uma política de Assistência Social para atender essa população que cresce a cada dia.
Muitos deles precisam de tratamento psiquiátrico, internação e acompanhamento contínuo. Mesmo não existindo manicômios na Cidade, até porque a Lei proíbe sua instalação, no HB tem uma ala psiquiátrica que poderia ser ampliada para atender a essas pessoas que apesar de sua situação psicológica são seres humanos protegidos pela Constituição Federal desse país. O que o Poder público não pode fazer é deixá-los à própria sorte, ameaçando e constrangendo as pessoas.
Em vários pontos da cidade, os “loucos” aparecem, muitas vezes nus e seminus, causando indignação nos pais que passeiam com seus filhos. Em frente ao Bobs (local preferido das crianças), praticamente todos os dias tem um louco travestido de mulher, praticamente nu que ameaça quem estaciona no local para comprar lanche, caso não lhes dê uma gratificação por “guardar” o seu carro no estacionamento na rua.
Em conversa com um dos proprietários da lanchonete, a reportagem ouviu dele que a polícia foi acionada várias vezes e alegam não poder fazer nada, porque o fato de estar na rua, embora com pouca roupa, não caracteriza crime algum. O proprietário disse que o seu movimento caiu bastante à noite em detrimento desse episódio.
O Ministério Público de Rondônia bem que poderia intervir obrigando o Estado e o município de Porto Velho a pelo menos desenvolver um trabalho de encaminhamento para tratamento da saúde mental dessas pessoas.
Outro dia na avenida Carlos Gomes, um doido varrido estava de braços abertos, fingindo que ser Jesus, gritava palavras desconexas, seminu, ameaçando quem passava pelo local. Existem relatos de pessoas que não querem se identificar, que alguns deles, quebram vidros de carros durante a madrugada.
A reportagem conseguiu verificar a existência de muitos deles nas ruas. A preocupação da editoria é que vários são usuários de drogas pesadas como o crack e essa praga está se alastrando. Se nada for feito pelo Poder Público, a tendência é aumentar o número de desequilibrados nas ruas e a população estará correndo mais um risco, além dos ladrões costumeiros.