Apesar de ser considerado um animal transmissor de várias doenças, a população de pombos em Porto Velho não está fora de controle, como garante o médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses da secretaria municipal de Saúde (Semusa), Rodrigo Golin. Segundo ele, estes animais são protegidos por leis ambientais federais, e não podem ser combatidos com práticas que os levem ao extermínio, por exemplo. “Nosso trabalho aqui é educativo. Recebemos as denúncias e procuramos orientar as pessoas sobre como proceder”, explicou.
Segundo ele, a principal alternativa para se diminuir o problema é evitar dar alimentos aos pombos, como ocorre em praças e locais com grande fluxo de pessoas, como o mercado central. Para Rodrigo, o local onde a situação é considerada mais complicada é no Porto Graneleiro, onde caminhões que carregam soja e trigo costumam deixar restos de grãos pelo chão, o que atrai os pombos.
Rodrigo também aponta que estes animais costumam armar ninhos em casas antigas, de madeira, junto a árvores. Em prédios públicos, a saída tem sido a colocação de telas nos locais preferidos pelos pombos. “Eles se reproduzem rápido, mas a situação não está fora de controle. Estamos fazendo nosso trabalho da forma adequada para isso”, salientou.
A principal forma de transmissão de doenças ocorre através das fezes, que, em contato com as mãos humanas, podem ocasionar malefícios como a salmonelose. “As pessoas desavisadas podem sujar as mãos e em seguida comer uma fruta ou mesmo ingerir água contaminada”, explicou. Denúncias sobre a proliferação de pombos podem ser feitas pelo fone 3901-2874.