Cultura e comunicação regional, uma análise da informação - Por João Paulo Prudêncio

Cultura e comunicação regional, uma análise da informação contemporânea - Por João Paulo Prudêncio

Da Redação

27 de Março de 2010 às 11:58

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Cultura e comunicação regional, uma análise da informação - Por João Paulo Prudêncio

Foto: Divulgação

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Não é de hoje que sabemos a inconsistência da humanidade em termos e aspectos culturais. Qual cultura pode ser considerada melhor ou pior que outra? Alguns podem afirmar que a melhor é aquela que evoluiu. Por exemplo, a nossa carniceira e vingativa sociedade ocidental pode ser considerada um exemplo de sociedade evoluída, passeamos em nossos carros ultra-modernos, navegamos para lá e para cá de qualquer parte mundo em nossa gigantesca cadeia cibernética, somos virtuais, somos modernos, somos atuais. Então está definido! nossa sociedade evoluída é mais interessante e inteligente que á arcaica cultura oriental ou á cultura do povo mulçumano, ou á dos nossos escorraçados indígenas. Será?

Nunca paramos para nos perguntar qual o preço que tanta evolução nos cobra, e o pior nos cobra á troco de coisas fúteis, sem nenhum sentido espiritual ou ideológico, á evoluída sociedade ocidental oferece á todos que a integra apenas o físico, o carnal, o material. O índio comemora a colheita farta e agradece aos deuses, nós quanto mais ganhamos, mais gastamos, mais queremos e mais reclamamos. Os mulçumanos explodem em troca de uma entrega espiritual errado ou certo é a entrega dele pelo que ele acredita nós de tanto evoluídos que somos explodimos nossa cabeça com pavor de dividas ou de nunca ter o necessário para ser encaixado dentro de um sistema, explodimos todos os dias de manhã quando acordamos damos de cara com uma vida vazia e sem sentido, não sabemos nem em busca de que estamos correndo atrás, o mulçumano explode de tanta crença e ideologia, ele está cheio de sentimentos de ódio, amor e fé, nós pelo contrario explodimos por não termos nada dentro de nós, explodimos pelo nosso vazio que coroe nossa alma e nosso corpo e que nenhum grande objeto de evolução é capaz de suprir.

Alías, capacidade em nossa sociedade é algo totalmente diferente daquilo que realmente poderia ser observado. Pode ser considerado capaz um individuo que “tem”, ou o individuo que “é” ? Por que em nosso mundo globalizado são capazes aqueles que demonstram poder, riqueza e tantos outros valores físicos que a sociedade ocidental insiste em agregar. Muitas vezes á capacidade não está naquilo que você possui, e sim nos valores e vontades, nas fraquezas e na força que você demonstra. Um índio pode não ser considerado socialmente capaz por muitos “modernoides” ocidentais. Porém ele sabe o valor da terra que o alimenta e o mantem vivo, ele tem á vontade de fazer o possível para proteger e preservar o seu bem mais importante que é a sua terra, ele tem a fraqueza de saber se esconder de um animal selvagem de forma inteligente pois sabe que naquele momento é mais fraco, e da mesma maneira tem á força de caçar, pescar, e comemorar com festa o sucesso de suas virtudes.

Nessas horas eu sempre me lembro do “saudoso” Sócrates (O filosofo, não o jogador) que falava que sempre vai haver tempo para o conhecimento, porém o tempo para se conhecer suas virtudes é muito curto. O sempre dinâmico e sagaz mundo moderno não te dá tempo para coisas idiotas como virtude. Para que virtude se você pode dormir tranqüilo com a alma podre e o bolso cheio?

Estamos cheio de conectividade, internet, celulares, TV digital e todos os meios de comunicação possíveis e imagináveis. Porém dentro de toda essa moderna e vasta “parafernália comunicacional” que á nossa cultura oferece, estamos cada vez mais isolados dentro de nós mesmos. Podemos estar conectados com mundo através de skype e msn, porém, nós ocidentais modernos não estamos conectados como seres humanos, hoje em dia á comunicação passou á ser algo mais virtual do que físico, não interagimos como sociedade, interagimos como negociadores. Esse é o retrato do típico humano moderno, muita comunicação como “mundo” e pouca aproximação com o homem.

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