FESTA DO DIVINO: Quatro gerações de família organizam ritual festivo de Rondônia

Festa do Vale do Guaporé existe desde a época da Lei Áurea, assinada pela Princesa Izabel

FESTA DO DIVINO: Quatro gerações de família organizam ritual festivo de Rondônia

Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

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Há 130 anos, a Festa do Divino Espírito Santo tem sido um evento marcante no Vale do Guaporé, localizado na fronteira entre Brasil e Bolívia.

 

Apesar das vicissitudes ao longo do tempo, essa romaria tradicional já percorreu mais de 126 caminhadas de peregrinação, abrangendo 40 comunidades ribeirinhas em ambos os países, Brasil e Bolívia, ao longo de 50 dias.

 

Recentemente, essa celebração ancestral recebeu o reconhecimento como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Estado de Rondônia por meio de uma Lei Estadual. O governo destaca a intenção de valorizar a importância histórica, cultural e social desse ritual festivo, considerado o principal de Rondônia.

 

Antes desse reconhecimento oficial, a festa enfrentou desafios, quase chegando ao ponto de desaparecer. No entanto, ela carrega consigo uma narrativa centenária de tradição. João Agripino Ramos, descendente dessa irmandade, compartilhou a história de seu bisavô, Manoel Fernandes, fundador da festa após a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel.

 

O bisavô de João mudou-se para Cuiabá (MT), onde foi criado pelos bispos da igreja católica, tornando-se um coroinha.

 

Os elementos simbólicos dessa festividade tradicional em Rondônia, como a coroa de prata, bandeira e adereços, são legados das festas realizadas em Vila Bela da Santíssima Trindade (MT). Essa cultura foi transmitida de geração em geração até alcançar João Agripino Ramos, representando agora a 4ª geração.

 

Um dos vários eventos dentro da Festa do Divino Espírito Santo, no Vale do Guaporé - Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

 

Histórico

 

A origem da festividade remonta ao culto à terceira pessoa da Trindade em Portugal no século XIV, evoluindo para celebrações que envolviam banquetes para os necessitados e doações de esmolas. Durante a colonização do Brasil, os portugueses trouxeram consigo a tradição dos festejos religiosos.

 

Atualmente, a organização do evento está a cargo de devotos afro-brasileiros e bolivianos, ocorrendo simultaneamente nos dois países. A peculiaridade da festa é que, no Brasil, ela é realizada em Mogi das Cruzes (SP), Paraty (RJ) e, exclusivamente em rios, em Rondônia.

 

Segundo a Sejucel, a celebração ao Divino Espírito Santo ocorre por meio de uma única romaria aquática que percorre mais de 1.360 quilômetros pelos rios Guaporé, Paraguai, São Miguel e Branco.

 

Ao longo de 50 dias, as margens direita e esquerda, onde se encontram aldeias indígenas e comunidades bolivianas, testemunham o percurso que atravessa 39 cidades, sendo oito bolivianas e 31 brasileiras.

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