LITERATURA: Escolha de livros de autoria feminina para o vestibular da Fuvest gera polêmica

Mais de cem professores de reconhecidas instituições, incluindo da própria USP, divulgaram uma carta aberta contra a mudança do vestibular.

LITERATURA: Escolha de livros de autoria feminina para o vestibular da Fuvest gera polêmica

Foto: Divulgação

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A partir de 2026, os estudantes que se submeterem ao vestibular da Fuvest para entrara na USP, terão de ler obras de nove autoras, todas mulheres. São elas: Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Djaimilia Pereira de Almeida, Julia Lopes de Almeida, Lygia Fagundes Telles, Narcisa Amália, Nísia Floresta, Paulina Chiziane, Rachel de Queiroz e Sophia de Mello Breyner Andresen. Os escritores homens serão temporariamente excluídos das leituras obrigatórias.

 

Na última quarta-feira, 13, mais de cem professores de reconhecidas instituições, incluindo da própria USP, divulgaram uma carta aberta contra a mudança do vestibular.

 

Isso porque consideram que privilegiar livros de autoria feminina deixa de lado critérios importantes de inclusão, como escritores LGBTQIAPN+, negros e indígenas.

 

“A adoção de um único critério para a escolha dos livros desconsidera a especificidade da literatura, com risco de corroborar os novos tempos utilitaristas de desvalorização das linguagens artísticas e, sobretudo, o foco na figura do/a autor/a ou nas camadas mais superficiais do texto”, diz trecho da carta.

 

Os especialistas também não concordam com a escolha de apenas títulos literários, negligenciando gêneros como poesia, a prosa de ficção e a crítica. Em outra parte do manifesto, os professores universitários citam com pesar a exclusão de obras transgressoras de Machado de Assis do vestibular. “A gravidade da retirada de Machado de Assis da lista de livros da FUVEST fala por si.

 

No contexto da medicina higienista que disseminava o ‘instinto’ de maternidade e domesticava as ações femininas com função de garantir o bem-estar da família burguesa, Machado de Assis submete à irrisão esse ‘instinto’, inventando a mulher como subjetividade marcada por desejo e sexualidade não monogâmica”, observa.
 

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