O rondoniense Samuel Correia, de 56 anos, vive uma luta diária pela vida. Diagnosticado com doença renal crônica em estágio terminal, ele depende da realização urgente de exames solicitados pela a Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), para não perder a oportunidade de entrar na fila do transplante de rim pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Samuel contou ao jornalista Miro Costa em entrevista ao Rondoniaovivo que sua situação se agravou há dois anos, quando sofreu dois acidentes vasculares cerebrais (AVC). Antes, trabalhava em sua oficina, mas precisou vender o negócio devido às limitações físicas. Após uma internação no pronto-socorro, recebeu o diagnóstico de insuficiência renal e desde então faz hemodiálise três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras, em Porto Velho.
‘Já consegui uma consulta no Acre, a médica pediu os exames, mas aqui em Porto Velho ainda não consegui realizar. Compareci ao posto de saúde, mas até agora não tive retorno. O tempo está passando, sinto dores todos os dias e temo perder o prazo para apresentar os exames e ter que recomeçar todo o processo‘, relatou.
Atualmente, os transplantes não estão sendo realizados em Porto Velho serviço que já funcionou na capital, mas foi paralisado, sem que os pacientes tenham clareza sobre os motivos. Por isso, Samuel precisa se deslocar até o Acre, onde há condições para o procedimento.
‘Estou desesperado. Peço o apoio do governo de Rondônia e da Secretaria de Saúde, que olhem para mim e para tantas outras pessoas que enfrentam a mesma situação. O que me dá esperança é o acolhimento que recebi no Acre, mas sem os exames não consigo entrar na fila do SUS‘, disse.
O apelo de Samuel é claro: ele precisa da realização dos exames em Porto Velho com urgência para não perder a oportunidade de lutar por uma vida com mais qualidade e dignidade.