Parlamentares querem saber como o jornalista teve acesso a diálogos que envolvem Sergio Moro e procuradores da Lava Jato em Curitiba
Foto: Divulgação
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Pra por volta das 10h30 desta quinta-feira (11/07/2019) quando Glenn Greenwald chegou ao Senado Federal, acompanhado do marido, o deputado David Miranda (PSol-RJ). O jornalista e diretor do site The Intercept Brasil falará à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) sobre conversas vazadas que envolvem o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato.
A intenção dos parlamentares é que ele dê mais detalhes sobre como o veículo de comunicação teve acesso aos vazamentos dos supostos diálogos que mostram uma suposta troca de colaborações entre o atual ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba.
O convite ao jornalista partiu do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição na Casa. “Ele vem sofrendo publicamente ataques de setores do governo, inclusive de Sergio Moro, que vem questionando a veracidade dos diálogos. Precisamos saber o que está acontecendo”, afirmou o parlamentar.
Assista à sessão com a presença de Glenn Greenwald:
Antes de ser questionado pelos senadores, Greenwald terá cerca de 20 minutos para dar explicar como teve acesso ao material que vem publicando no site e em parceria com outros veículos de comunicação. Depois, os parlamentares inscritos poderão fazer perguntas ao jornalista, que terá 5 minutos para responder cada uma delas.
No mês passado, Glenn Greenwald falou à Câmara dos Deputados e reclamou das ameaças que estaria sofrendo. “Eu considero que a ameaça mais grave vem do próprio ministro Sergio Moro, que tem nos chamado de aliados dos hackers e envolvidos em crimes na tentativa de pegar esses documentos. Ele está tentando nos ameaçar, nos intimidar e nos criminalizar”, disse o jornalista ao prestar esclarecimentos na Comissão de Direitos Humanos da Casa.
Contexto
Em 9 de junho, o Intercept começou a divulgar uma série de reportagens com base em mensagens que mostram suposta interferência do então juiz da Operação Lava Jato no trabalho investigativo.
O atual ministro da Justiça e o chefe da força-tarefa do Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol, teriam trocado supostas colaborações. Depois, o site continuou com a publicação de matérias sobre o tema.
Sergio Moro e Dallagnol dizem terem sido vítimas de um ataque hacker criminoso e não reconhecem a autenticidade do conteúdo que veio a público. Com base no que foi exposto, ambos negam haver qualquer irregularidade nas conversas.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!