Inicialmente os sintomas apresentados foram prostração, fraqueza, andar cambaleante e salivação excessiva. O cérebro, cerebelo, tronco encefálico e fragmento de medula espinhal foram levados para análises laboratoriais.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Guilherme Torres, as mortes estão sendo apuradas em conjunto com peritos criminais e técnicos.
“Desde o dia 1º de janeiro deste ano, esses animais começaram a morrer. Estivemos nos locais onde ocorreram as mortes, foram coletadas amostras dos alimentos consumidos pelos cavalos, requisitadas perícias e realizadas necropsias nos animais, cujos laudos ainda estão em fase de elaboração”, detalhou Torres.
Para o delegado, o caso é complexo, pois envolve a análise da qualidade do feno, bem como questões relacionadas ao armazenamento, à distribuição e à produção desse alimento.
No momento, investigadores da Polícia Civil já ouviram tratadores, proprietários dos animais e responsáveis pelos haras (estabelecimento onde se criam e reproduzem cavalos). O objetivo principal é esclarecer as circunstâncias das mortes e evitar novos óbitos.
“Muito provavelmente, todos [alimentos dos cavalos] vieram de uma mesma fonte. Os resultados da perícia, aliados aos depoimentos colhidos, serão fundamentais para esclarecer o caso”, destacou Guilherme Torres.
A polícia detalhou ainda que equipes também visitaram locais de fornecimento para avaliar as condições de produção e armazenamento dos alimentos.
Em nota, o Haras Nilton Lins afirmou na última terça-feira (7) que “segue adotando todas as medidas e assistência veterinária permanente e individualizada, conforme o protocolo específico de cada caso. Nenhum novo caso de contaminação foi registrado e alguns animais saíram da lista de emergência”.