Em duas simulações feitas com os pré-candidatos a governador, o número de indecisos revelou pleito indefinido para 2026
Foto: Divulgação
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A pesquisa realizada pelo Instituto Haverroth de Pesquisas e Consultoria (IHPEC) em parceria inédita com o portal Rondoniaovivo, trouxe resultados que devem mexer com as articulações políticas para as eleições 2026, em Rondônia. Com dados amplos e bem sistematizados, a sondagem com os pré-candidatos que já declaram a intenção de disputar para governador do Estado, mostram que a média de 16% a 35% dos eleitores, ainda não definiram o voto, dependendo dos nomes apresentados.
Esse percentual pode alterar a colocação dos pré-candidatos com efeito de reversão de votos à medida que os discursos se alinhem com o interesse dos indecisos. A margem é tão grande que até um novo interessado na disputa pode surgir mais adiante e deixar para trás alguns dos favoritos do momento.
Pelos números revelados nas duas simulações realizadas, os favoritos no momento são: Ivo Cassol (PP), Marcos Rogério (PL), Fernando Máximo (UB) e Adaílton Fúria (PSD). Com o quadro indefinido, os pré-candidatos ainda terão uma longa caminhada até 2026.
Um dos dados que chamou a atenção foi a grande liderança de Ivo Cassol que apareceu com 35,7% das intenções de votos, na primeira simulação tendo como concorrentes o atual senador Marcos Rogério (26,1%), o prefeito de Cacoal Adailton Fúria (14,5%), o ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (4,1%) e o atual vice-governador Sérgio Gonçalves (3,3%).
Cassol está fora do poder desde 2019 quando deixou o Senado e não pode mais disputar porque está inelegível. Mesmo que não seja candidato diante dos processos e condenações, Ivo pode ser um peso importante em apoio, devido a sua margem de aceitação popular. Em sua trajetória política já passou por partidos de direita e de esquerda. Iniciou no trabalhista PDT, foi para o liberalismo do PFL, esteve no neoliberal PSDB, migrou para o socialista PPS (ex-PCB) e agora está o progressista PP.
Sem Ivo no páreo da primeira simulação, o favoritismo ficou com Marcos Rogério que será o candidato bolsonarista das eleições de 2026. O senador já disputou o último pleito para governador, tendo perdido para Marcos Rocha no segundo turno. Outro fato que chamou a atenção no resultado foi o nome de Adaílton Fúria que apareceu como surpresa na terceira colocação nessa simulação, mostrando força ao badalado prefeito cacoalense.
Hildon Chaves que deixou a prefeitura de Porto Velho com altíssima aprovação não conseguiu a mesma projeção em nível estadual, amargando o percentual de apenas 4,1%. A mesma dificuldade para convencer o eleitorado teve o atual vice-governador Sérgio Gonçalves, que no momento vive embates políticos desgastantes. Com base eleitoral na capital, os dois candidatos até o momento não conseguiram ampliar o espaço político em âmbito estadual.

Outra simulação para a disputa de governador do Estado sondou os nomes dos pré-candidatos Fernando Máximo (15,6%), Adailton Fúria (23,2%), Sérgio Gonçalves (9,1) e Hildon Chaves (7%). Nesse cenário, os votos de Ivo Cassol e Marcos Rogério foram pulverizados em todas as outras candidaturas, elevando os percentuais de votos.
Outro fato que chama a atenção nesse segundo cenário é que o número de indecisos soltou de 16,3% para 35%, mostrando que o pleito de 2026 pode ter surpresas mais adiante com o surgimento de novas pré-candidaturas ou junções de pré-candidatos.
A primeira grande pesquisa quantitativa sobre as eleições estaduais de 2026 realizada em parceria do IHPEC e Rondoniaovivo foi realizado entre 5 e 30 de junho último. O estudo entrevistou 2.766 eleitores presencialmente em todos os 52 municípios de Rondônia, usando questionário eletrônico supervisionado in loco pelo diretor do IHPEC, Dejanir Haverroth.
“Esta é a amostra mais ampla já aplicada neste ciclo eleitoral em Rondônia. O objetivo é oferecer um retrato fiel das primeiras preferências do eleitor, sem viés, para que partidos e sociedade acompanhem a corrida de 2026 com informação qualificada”, destaca Dejanir Haverroth.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!