Indicado de Dilma é citado em delação da Andrade Gutierrez
Foto: Divulgação
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A delação premiada dos executivos da Andrade Gutierrez vai detalhar o papel de Valter Cardeal, um dos homens de confiança da presidente Dilma Rousseff, no esquema de corrupção envolvendo obras do setor de energia..jpg)
O nome de Cardeal apareceu na Operação Lava Jato pela primeira vez na delação do empreiteira Ricardo Pessoa, dono da UTC, sobre os R$ 30 milhões de propina pagos em Angra 3. Pessoa, na época, citou que o comentário era que ele era "pessoa da Dilma".Esse teria sido um dos motivos que levaram o governo a trabalhar nos bastidores pela retirada do processo envolvendo as obras de Angra 3 das mãos do juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava Jato em primeiro grau.
Propina
Cardeal também é figura-chave, segundo investigadores da Lava Jato, para descobrir a propina paga nas obras de hidrelétricas, como Belo Monte, no Pará, e Jirau, em Rondônia. Há ainda um projeto binacional com a Argentina, que envolve a Odebrecht — hidrelétricas Garambi-Panambi, parceria entre Eletrobras e estatal argentina - que podem ter sua participação. Após a homologação da colaboração premiada, os executivos da Andrade Gutierrez partirão para a fase de detalhar pontos que levantaram.
O ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo entregou esquema de corrupção no setor elétrico envolvendo superfaturamento em contratos relacionados com a construção da usina de Belo Monte e obras na usina nuclear de Angra 3.
Gestor público
Na época, Cardeal negou em entrevista ao Estado que tivesse combinado versão com o almirante. "Sou um homem de bem, nunca fiz nada errado na minha vida. Fui 46 anos do setor elétrico, sou diretor de empresas há quase três décadas. Estou em licença até que as investigações sejam concluídas."
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