PERIGOSOS: Oito líderes de facções são transferidos de Goiás para presídio de Porto Velho

Dois deles são condenados a quase 100 anos de prisão. Secretário de Segurança Pública afirma que montou 'operação de guerra' para a transferência

PERIGOSOS: Oito líderes de facções são transferidos de Goiás para presídio de Porto Velho

Foto: Divulgação/SSP

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Uma operação foi montada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP) para transferir oito presos de alta periculosidade para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. A informação é do titular da pasta, Irapuan Costa Júnior. “Eles são responsáveis por ordenar a maior parte dos homicídios ocorridos na capital nos últimos meses”, afirmou o secretário, durante entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (17/9).

 

De acordo com a secretaria, a operação mobilizou equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Diretoria Geral de Administração Penitenciária, além do Ministério da Justiça e da Força Aérea Brasileira (FAB). Todos os presos estavam no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia desde a última semana, em uma estratégia montada para promover a segregação e evitar que ocorressem tumultos e motins nos presídios de Goiás, em represália à transferência. Eles foram levados em um comboio com forte escolta policial, do Complexo Prisional para o Aeroporto Santa Genoveva, onde embarcaram em um avião da FAB.

 

De acordo com Irapuan Costa Júnior, o planejamento da operação teve início há 60 dias, após os presos serem identificados pela Superintendência de Inteligência da SSP, como mandantes de vários crimes na capital. “Eles ficarão segregados e não terão como comandar o crime. O resultado desta operação sentiremos nos próximos dias, com reduções ainda maiores nos indicadores criminais do Estado”, afirmou o secretário.

 

O delegado geral da Polícia Civil, André Fernandes, explicou que todos os presos foram condenados ou possuem indiciamento por homicídios, tráfico de drogas, roubos e associação criminosa.

 

Fuga

 

O coronel Ricardo Mendes, comandante do Policiamento da Capital, explicou que as ações integradas de inteligência das Polícias Militar e Civil e da DGAP, detectaram que um grupo planejava realizar ataque ao presídio de Formosa e libertar vários presos. Essa investigação envolveu as forças de segurança do Distrito Federal e levaram à prisão de vários criminosos e apreensão de armas de grosso calibre.

 

O diretor-adjunto da DGAP, tenente coronel Agnaldo Augusto da Cruz lembrou que a segurança nos presídios segue reforçada, para evitar que ocorram motins ou atos em represália à transferência. Explicou ainda que o sistema penitenciário de Goiás está sendo reestruturado, devendo receber duas novas unidades até o fim do ano.  “As nossas forças estão prontas e aptas para atuar caso haja qualquer movimentação. Temos capacidade operacional para todas as unidades de Goiânia e do interior”, disse ele.

 

Foram transferidos Sérgio Dantas da Silva Filho, José Constantino Júnior, Renato Pereira do Nascimento, Carlos Alberto Lopes, Natair de Moraes Júnior, Heully Rios dos Santos, Fernando Alves Motta e Flávio Fernandes da Silva.

 

 

Veja quem são os presos:

 

Sérgio Dantas da Silva Filho

 

• Indiciado em 15 Inquéritos Policiais pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo;

• Condenado a 24 anos e 9 meses de prisão;

• Previsão de término da pena – 2033;

• Integrante de Organização Criminosa, exerce liderança negativa na Penitenciária Odenir Guimarães.

• Outubro/2016 – Operação Livramento da DRACO-PCGO – 52 pessoas presas e indiciadas por integrarem organização criminosa voltada à liberação irregular de presos. Os envolvidos preticavam falsificação de alvarás, vendas de certidões, extorsões no processo de triagem, exploração de prestígio, vendas de atestados médicos, dentre outros crimes;

• Agosto/2018 – Operação Thanatos da DIH-PCGO – Indiciado por ter determinado 21 mortes em Goiânia, mesmo estando preso.

 

José Constantino Júnior

 

• Indiciado em 9 Inquéritos Policiais pelos crimes de homicídio, roubo, porte ilegal de arma de fogo, associação criminosa, tráfico de drogas;

• Condenado a 31 anos e 2 meses de prisão;

• Previsão de término da pena – 2045;

• Integrante de Organização Criminosa, é uma das lideranças negativas na Penitenciária Odenir Guimarães;

• Setembro/2017 – Foi alvo de uma das 3 fases da Operação Descarrilamento desencadeada pela DIH-PCGO, oportunidade em que 14 pessoas foram presas por estarem diretamente envolvidas em 23 homicídios ocorridos em Goiânia e a mando de José
Constantino Júnior.

 

Renato Pereira do Nascimento

 

• Indiciado em 8 Inquéritos Policiais pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, roubo, posse e porte ilegal de arma de fogo;

• Condenado a 23 anos e 8 meses de prisão;

• Previsão de término da pena – 2020;

• Integrante de Organização Criminosa, exerce liderança negativa na
Penitenciária Odenir Guimarães;

• Foi preso em 2016 no âmbito da Operação Primata desencadeada pela DIH-PCGO, durante a qual foram solucionados 3 homicídios perpetrados por Renato Pereira do Nascimento, bem como apreendidas armas de fogo, drogas e cerca de R$ 23 mil provenientes da comercialização de entorpecentes.

 

Carlos Alberto Lopes

 

• Indiciado em 3 Inquéritos Policiais pelos crimes de homicídio e roubo;

• Condenado a 94 anos e 3 meses de prisão;

• Previsão de término da pena – 2084;

• Integrante de Organização Criminosa, é uma das principais lideranças negativas na Penitenciária Odenir Guimarães.

 

Natair de Morais Junior

 

• Indiciado em 4 Inquéritos Policiais pelos crimes de homicídio, motim de presos, desobediência;

• Condenado a 41 anos e 2 meses de prisão;

• Previsão de término da pena – 2049;

• Integrante de Organização Criminosa, exerce total liderança sobre os detentos da cidade de Anápolis, bem como determina homicídios a serem praticados na referida cidade. Em embora não tenha sido preso por tráfico de drogas, sabe-se que é um dos principais traficantes de drogas do estado de Goiás;

• Foi investigado na Operação Malavita desencadeada pela DRACO-PCGO em 2014, através da qual desmantelou-se um grupo de extermínio formado por policiais que agiam a mando dele.

 

Heully Rios dos Santos

 

• Indiciado em 10 inquéritos policiais pelos crimes de homicídios, roubos, tráfico de drogas, receptação e uso de documento falso;

• Condenado a 49 anos e 6 meses de prisão;

• Previsão de término da pena – 2065;

• Integrante de Organização Criminosa e extremamente perigoso em Aparecida de Goiânia;

 

Fernando Alves Motta

 

• Indiciado em 5 inquéritos policiais pelos crimes de homicídios, roubos e tráfico de drogas;

• Condenado a 26 anos e 4 meses de prisão;

• Previsão de término da pena – 2037;

• Integrante de Organização Criminosa, exerce liderança negativa na Penitenciária Odenir Guimarães.

 

Flávio Fernandes da Silva

 

• Indiciado em 8 inquéritos policiais pelos crimes de roubo, homicídio, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas;

• Condenado a 97 anos e 7 meses de prisão;

• Término da pena – 2099;

• Indivíduo extremamente perigoso que exerce liderança na Penitenciária Odenir Guimarães.

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