Combate ao crime organizado na Amazônia é um desafio que envolve amplo combate
Foto: Divulgação
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O rio Madeira é um dos canais alimentadores que servem para a rota Solimões, considerada a principal rota fluvial do tráfico de drogas internacional. O uso da hidrovia pelo narcotráfico vem provocando o crescimento da violência, principalmente com o surgimento dos “piratas” que assaltam embarcações roubando cargas de mercadorias e de minérios. As empresas de transportes fluviais estão aumento o custo operacional com a contratação de segurança privada, enquanto que o Ministério da Justiça e Segurança Pública busca ampliar o combate aliando parcerias com as forças armadas e a segurança pública dos estados.
O policiamento de fronteira é um desafio para o Brasil que encontra dificuldades para conter o crescimento do crime organizado em áreas fronteiriças, principalmente na Amazônia. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, no período de 2023 e 2024, o número de apreensões de maconha no Brasil foi de 1.416.943 Kg pelas polícias estaduais e 482.973 pela Polícia Federal. Já as apreensões de cocaína pelas policias estaduais foram na marca de 128.885 Kg e pela Polícia Federal chegou a 74.501 kg.
Segundo dados da Polícia Federal, em 2024, das 74,5 toneladas de cocaína apreendidas no Brasil, aproximadamente 6,9 toneladas delas foram apreendidas no estado do Amazonas. O total representa cerca de 53% do total apreendido no Norte e 1,9% do total nacional.
O problema não está apenas no estado vizinho. Rondônia também aparece entre os estados críticos por ter 1.342 km de fronteira com a Bolívia e grande parte dessa extensão é por divisa por rios. O governo de Rondônia tem buscado fortalecer a integração entre as forças de segurança estaduais e federais, além de intensificar a cooperação com a Bolívia para combater o crime organizado e outros delitos. O tráfico de drogas, armas, pessoas e o contrabando são os principais problemas enfrentados na região.
A pirataria no rio Madeira vem crescendoe em Rondônia e Sul do Amazonas, essa hidrovia tem agravante com vários pontos de garimpos de ouro, o que atrai ainda mais a ação violenta de grupos criminosos.Além dos ataques de piratas, os grupos criminosos vêm investido na atividade garimpeira ilegal, ampliado as atividades ilegais e criando mais dificuldades para o controle, vigilância e segurança pública.
A complexidade geográfica da Amazônia brasileira lhe atribui um papel fundamental nas dinâmicas do tráfico internacional de drogas. Nesse contexto, a "Rota do Solimões" surge como um canal principal para o escoamento de drogas produzidas em países vizinhos, especialmente a cocaína.
A opção pela rota é igualmente justificada pela eficiência logística do transporte fluvial em comparação com o aéreo. O transporte fluvial possibilita o deslocamento de grandes volumes de carga com baixo custo.
Em relação ao estado do Amazonas, que possui uma das principais rotas de entrada da cocaína no país, estamos tratando de uma região com mais de 1,5 milhão de quilômetros quadrados e de uma longa fronteira de cerca de 3.900 quilômetros.
Apesar de as forças de segurança saberem que a “Rota do Solimões” é a principal via de circulação dos produtos ilícitos, os criminosos utilizam estratégias de disfarce e procuram rotas alternativas para evitar os escassos pontos de fiscalização.
A criação de bases integradas de policiamento fluvial tem mostrado ser uma estratégia para melhorar a presença do Estado, ao fortalecer a capacidade de monitoramento, aumentar a sensação de segurança da comunidade local e atuar como um instrumento eficiente no combate ao tráfico.
Embora a região tenha altos custos logísticos, intervir nas rotas fluviais e em seus pontos estratégicos é uma estratégia que ataca o crime organizado em sua origem e em suas vias de escoamento, afetando suas finanças e sua capacidade de expansão de forma mais eficaz.
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