DIREÇÃO SEM ÁLCOOL: Lei Seca completa 17 anos como um marco na segurança viária brasileira

Redução de mortes, educação, fiscalização e conscientização como pilares da segurança viária

DIREÇÃO SEM ÁLCOOL: Lei Seca completa 17 anos como um marco na segurança viária brasileira

Foto: Divulgação/DNIT

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Criada como mecanismo para reduzir as mortes no trânsito, causadas por embriaguez ao volante, a Lei Seca completou nesta semana 17 anos de promulgação. A Lei nº 11.705/2008 foi sancionada em 19 de junho de 2008, alterando o Código de Trânsito Brasileiro, dando tolerância zero para o consumo de álcool por condutores de veículos. A lei estabelece que qualquer quantidade de álcool no sangue de um motorista é considerada infração. As penalidades incluem multas pesadas, suspensão da carteira de motorista e, em alguns casos, prisão.

 

O problema de dirigir sob efeito de álcool ocorre todo o país, sendo grande causador de mortes, mutilações e outros danos às vítimas. Dos 5.570 municípios brasileiros,5.188 registraram ocorrências de infração da lei seca. Por esse número, verifica-se que apenas 6,88% dos municípios não apresentam registros dessas infrações ao longo dos 17 anos de lei.

 

Efeitos em Rondônia

 

Em Rondônia, a Lei Seca iniciou em 2012 quando o estado aparecia em segundo lugar em estatística desse tipo de infração. Nos 13 anos de atuação, a operação realizada em conjunto pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e pela Polícia Militar de Trânsito (BPTran)soma resultados positivos. Logo no segundo ano de implantação (2013), a queda foi de 19% em comparação com o ano anterior.

 

Efeitos no Brasil

 

Sua implementação representou um divisor de águas na segurança viária no Brasil, ao introduzir mecanismos mais rigorosos de fiscalização e penalidades mais severas para quem dirige sob efeito de álcool — comportamento ainda responsável por milhares de mortes e lesões graves todos os anos. Mais do que uma norma jurídica, a Lei Seca simboliza o compromisso do Estado brasileiro com a preservação da vida e exige a participação ativade órgãos públicos, sociedade civil e entidades não governamentais.

 

Avanços alcançados

 

Dentre os principais avanços promovidos pela legislação mais rígida, destacam-se: a introdução do princípio da alcoolemia zero; o aumento das penalidades — com aplicação de multas mais elevadas, suspensão da carteira de habilitação e possibilidade de responsabilização criminal —; a ampliação dos meios de comprovação da embriaguez, incluindo testemunhos, imagens e outros tipos de evidência, mesmo sem o uso do bafômetro; e a intensificação das ações educativas e fiscalizatórias, apoiadas por campanhas nacionais de conscientização.

 

Ao longo de quase duas décadas, os efeitos positivos da Lei Seca são amplamente reconhecidos. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e de órgãos estaduais de trânsito apontam uma redução significativa nos sinistros fatais relacionados ao consumo de álcool, especialmente nos primeiros anos de vigência da norma. As blitzes, as ações integradas de fiscalização e as campanhas de sensibilização contribuíram para consolidar uma cultura de responsabilização e reforçar a mensagem de que “bebida e direção não combinam”.

 

Essas medidas têm sido decisivas para salvar vidas, reduzir a naturalização do comportamento de risco e fortalecer o papel pedagógico da fiscalização no trânsito brasileiro.

 

Compromisso com a preservação de vidas

 

A Lei Seca segue sendo um instrumento fundamental da política de segurança viária no país. Os resultados alcançados devem ser reconhecidos, mas o desafio persiste: o Brasil ainda registra elevados índices de mortes e feridos no trânsito, muitos deles evitáveis. A consolidação de uma cultura de paz no trânsito requer vigilância constante, políticas públicas sustentadas e o firme entendimento de que nenhuma morte no trânsito é aceitável.

 

Conexão DNIT e a Lei Seca: compromisso contínuo com a segurança no trânsito

 

O Programa Conexão DNIT contribui diretamente para a difusão dos valores de segurança viária e cidadania, abordando a Lei Seca de forma interdisciplinar e contextualizada nas escolas públicas. Uma das atividades propostas, “A Lei Seca e os impactos no número de sinistros de trânsito”, integra a disciplina de Matemática e convida os estudantes do Ensino Médio a analisarem dados reais sobre sinistros relacionados ao uso de substâncias psicoativas entre 2007 e 2019 — período que abrange a criação da lei. Com base em conceitos como média aritmética e medidas descritivas, os alunos desenvolvem argumentação crítica, avaliando a eficácia das políticas públicas e compreendendo seus efeitos sobre a preservação da vida.

 

No Ensino Fundamental, a atividade “Futebol da Lei Seca” reforça essa abordagem por meio da Educação Física. Alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a dinâmica propõe um jogo adaptado em que os estudantes experimentam os efeitos da desorientação — similares aos causados pelo álcool — ao girarem antes de tentar marcar um gol. A vivência é acompanhada de um debate sobre os riscos do consumo de álcool no trânsito e sobre comportamentos seguros para pedestres e passageiros.

 

Portanto, o Conexão DNIT se consagra como uma ferramenta essencial na luta contra as mortes no trânsito, ao fortalecer o papel da escola na formação de cidadãos conscientes — articulando conhecimento, vivências e valores sociais desde as etapas iniciais da vida escolar, alinhado à BNCC e em consonância com os princípios internacionais de segurança viária.

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