Após polêmica gerada pela vigência da Lei Municipal N° 1.949/2011 que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em postos de combustíveis, lojas de conveniências, lanchonetes e similares instalados dentro das áreas dos postos, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e de Lubrificantes no Estado de Rondônia (Sindipetro/RO), através do seu presidente Waldemiro R. da Silva disse à equipe de reportagem do Rondoniadinamica que está tomando as devidas providencias no sentido de reparar um erro cometido pela legislação municipal.
De autoria do vereador Elizeu da Silva (PP), a lei tem a intenção de diminuir acidentes de trânsito ocasionados por motoristas alcoolizados. “ – O problema é que ela afeta apenas a categoria e não se mostra eficiente em relação ao que se propõe”, discorreu Waldemiro.
“A intenção do legislador é boa, mas o efeito foi contrário”, prosseguiu. Ainda segundo o presidente da entidade sindical, as pessoas irão deixar de comprar nas conveniências dos postos gerando um alto déficit na sua margem de lucro total.
Waldemiro alerta também que o hábito de beber não cessa coibindo a venda dos produtos em um comércio ou outro.
“ – Bebidas se encontra em qualquer lugar de Porto Velho. O problema do alcoolismo relacionado aos problemas de trânsito é uma questão de saúde pública. Se for proibir, deve-se proibir geral”, argumentou.
Postos de Combustíveis
De acordo com o gerente do Posto Penta Campeão Cleibson Carvalho da Silva, a categoria acabou prejudicada ao servir como bode expiatório. Ele lembra que toda a confusão não inicia ali, mas ela é reflexo da concentração de bares no inicio da Avenida Pinheiro Machado e onde o trânsito é concentrado.
A conveniência do posto possui quatro funcionários e é responsável por 60% da arrecadação. “Nós vamos tentar não dispensar ninguém do nosso quadro de funcionários, mas já sabemos que alguns parceiros que temos irão fechar os seus estabelecimentos”.
Ramisson dos Santos, funcionário da conveniência afirma que a lei afeta economicamente o posto, mas do seu ponto de vista a medida é pouco eficaz. “Nós suspendemos a venda de bebidas alcoólicas, mas continuaremos funcionando, porém, quem é que vai impedir as barracas montadas do outro lado da rua”, questiona.