E AGORA, JOSÉ ? - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Jânio Quadros, o homem da vassoura, renunciou à presidência da República, alegando que fora compelido por “forças ocultas”. Na época, ninguém conseguiu entendeu direito a decisão do presidente, eleito por uma maioria consagradora. Jânio blefou e se deu mal. O resto da história a população brasileira já consegue.

 

Agora, em plena era lulista, a nação vive à iminência de uma lisonjeira coincidência. Ao contrário do que aconteceu na tarde de 25 de agosto de 1961, o personagem da história é outro e as circunstâncias que o envolvem, também. Seu nome, José Sarney, atual presidente do Congresso, acusado de praticar diferentes ilicitudes.

 

O cidadão que, no passado, já foi chamado de “ladrão” pelo sindicalista e, hoje, presidente da República, Luiz Inácio da Silva, passou a ser reverenciado, temido e cortejado não somente por Lula, mas, também, por figuras de proa do partido dos trabalhadores.

 

Tudo isso, evidentemente, em nome de um projeto de poder. Lula sonha fazer da ministra-chefe do gabinete civil da presidência da República, Dilma Rousseff, sua sucessora e, para isso, vai precisa da ajuda do fisiológico PMDB e de todos partidos (?) nanicos, como o PTB, por exemplo.

 

Na obsessão de Lula para emplacar a candidatura da antipática Dilma, vale qualquer sacrifício, desde beijar as mãos do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), acusado, dentre outras falcatruas, de construir um ranário fictício com dinheiro público, até abraçar arquiinimigos, como o ex-presidente da República e atual senador pelo estado de Alagoas, Fernando Collor de Mello, apeado do poder por suspeita de corrupção.

 

A oposição quer a renúncia de Sarney a qualquer custo, até como antídoto para melhorar a imagem do Senado, uma das instituições mais desacreditas da República, mas o PT, comandado por Lula, com mão de ferro, insiste em mantê-lo grudado na cadeira. Monta-se, assim, a velha e surrada estratégia da governabilidade, uma canoa furada, na qual muitos já embarcaram, principalmente, petistas da estirpe do senador Aluízio Mercadante (PT-SP)

 

Em qualquer país decente, Sarney já teria sido arrancado do posto, ou, então, por descargo de consciência, metido uma bala na cabeça. Alguns políticos europeus, por exemplo, preferem a morte à execração pública. No Brasil, corruptos andam pelas ruas, tranqüilamente, como se cidadãos decentes fossem. Aí estão os casos do Beron, da Ceron e das passagens áreas, apenas para ficar nesses três bandalheiras. Mas há outras maracutais, sobejamente conhecidas da opinião pública.

 

A vaidade e a ganância de Sarney vêm empurrando o Senado ladeira abaixo. Além de correr o risco de deixar o cargo pela porta de trás, como fizeram seus aliados (e de Lula) Renan Calheiros e Jader Barbalho, ele ainda carregará no peito a medalha de corrupto, mandando às favas sua biografia política, construída ao longo de cinqüenta anos de carreira. E agora, José?

 

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