Estudo revela que Ozempic e Mounjaro podem encurtar a duração do Botox

Estudo revela que Ozempic e Mounjaro podem encurtar a duração do Botox

Foto: Assessoria

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Segundo um estudo recente, o uso de medicamentos como Ozempic e Mounjaro, conhecidos como “canetas emagrecedoras”, pode estar relacionado à redução no tempo de duração do efeito do botox aplicado no rosto.
 
Um estudo recente publicado na revista científica Toxicon está gerando repercussão ao sugerir que o uso das populares "canetas emagrecedoras", como Ozempic (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida), pode reduzir significativamente a duração do efeito do botox.
 
A pesquisa, que empregou modelagem computacional, indica que a duração média do botox em aplicações faciais pode cair de aproximadamente 20 para 16 semanas entre usuários desses medicamentos.
 
Portanto, a necessidade de um acompanhamento dermatológico é ainda mais crucial em um momento em que interações entre medicamentos sistêmicos e procedimentos estéticos estão sob investigação. Para quem busca o melhor dermatologista em São Paulo SP por avaliações, ou em outras regiões do país, plataformas como a AvaliaMed tornaram-se ferramentas essenciais para encontrar profissionais qualificados de qualquer local do país, com base na experiência de outros pacientes.
 
 
O estudo e seu método inovador
 
A pesquisa, publicada em outubro de 2025, utilizou uma abordagem conhecida como "microssimulação computacional" ou modelo in silico. Os cientistas criaram uma projeção com 25.000 pacientes virtuais, que foram acompanhados por um ano, simulando o uso simultâneo de agonistas do receptor GLP-1 (a classe de medicamentos à qual pertencem Ozempic e Mounjaro) e da toxina botulínica tipo A (botox).
 
Os resultados dessas simulações apontaram para uma redução na durabilidade do botox. O efeito não foi uniforme entre todos os medicamentos, variando de acordo com o princípio ativo.
 
A substância tirzepatida (Mounjaro) apresentou a atenuação mais forte, reduzindo a duração média do botox para cerca de 16,2 semanas. Já a semaglutida (Ozempic) resultou em uma duração de aproximadamente 17,3 semanas, em comparação com as 20 semanas esperadas em quem não utiliza esses fármacos.
 
 
As possíveis causas para a interferência
 
Os cientistas envolvidos no estudo levantaram hipóteses consistentes do ponto de vista biológico para justificar essa interação medicamentosa. Dois mecanismos centrais se destacaram a partir dos modelos computacionais analisados:
 
O músculo que some
 
A gente sempre ouve falar que esses remédios para emagrecer eliminam gordura, mas a história não para por aí. Eles também levam embora parte da nossa massa muscular - aquela que dá sustentação e forma ao rosto.
 
O botox age justamente nos nervos que controlam esses músculos. Se o músculo muda, fica diferente, mais "fraco", é natural que o botox não consiga agir do mesmo jeito. É como tentar prender algo em um alvo que não para de se mover e mudar.
 
Uma revolução interna
 
Esses medicamentos não são simples inibidores de apetite, eles mexem com todo o nosso metabolismo, como se reprogramassem o funcionamento do corpo. Essa transformação profunda pode estar "ensinando" ao nosso organismo novas formas de se recuperar do efeito do botox, fazendo com que as conexões nervosas se refaçam mais rapidamente. O resultado? O efeito que antes durava meses agora some mais rápido.
 
A dermatologista Lauren Morais, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, salienta "Faz todo o sentido quando entendemos que tanto os emagrecedores quanto o botox mexem com a mesma proteína no nosso corpo, a SNAP-25. É como se estivessem tentando usar a mesma chave em duas fechaduras diferentes ao mesmo tempo - uma acaba atrapalhando a outra".
 
 
 
Validação clínica e posicionamento médico
 
É crucial enfatizar que se trata de um modelo computacional, e não de um estudo de observação clínica direta em pacientes reais. Especialistas ressaltam que, embora os mecanismos propostos sejam bem fundamentados, os resultados ainda precisam de validação em ensaios clínicos convencionais.
 
A dermatologista Ana Carolina Sumam comenta sobre a pesquisa: "O estudo apresenta uma abordagem inovadora usando microssimulação computacional. Os mecanismos biológicos propostos são plausíveis e bem fundamentados na literatura, mas ainda estão em caráter experimental e necessitam de testes e estudos mais avançados. Desta forma, é crucial reconhecer que se trata de um modelo in silico, não de observação clínica direta".
 
Gustavo Novaes, dermatologista membro da SBD, vê o estudo como um "sinal de alerta" e uma valiosa linha de investigação, mas ressalta que, por enquanto, não há razão científica para alterar doses, intervalos ou condutas clínicas baseadas apenas nessas simulações.
 
 
Diálogo com o especialista segue como melhor caminho
 
O estudo que conecta o uso de Ozempic e Mounjaro à redução da duração do botox joga luz sobre a complexa interação entre medicamentos de uso crônico e procedimentos estéticos.
 
Embora suas descobertas ainda sejam preliminares e derivadas de um modelo computacional, elas servem como um importante ponto de partida para novas investigações e reforçam um princípio eterno da medicina: a importância de uma abordagem integrada e personalizada do paciente.
 
Enquanto a ciência avança para comprovar ou refutar essas interações em pessoas reais, o caminho mais seguro continua sendo o diálogo aberto com um dermatologista de confiança, onde plataformas como a AvaliaMed podem ser um primeiro passo útil para encontrar um profissional alinhado com as expectativas e necessidades de cada um.
 
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