A professora de Porto Velho, Izabel Cristina da Silva, que na condição de empreendedora social já investiu em inovadoras experiências de sustentabilidade como pufe de pneus, sabão com óleo de cozinha descartado, embalagens com resíduos da floresta e vassouras PET representou Rondônia na semana passada durante a 12ª Conferência das Américas realizada na Grand Valley State University, Estado de Michigam, nos Estados Unidos.
Desta vez, a educadora ambiental abraçou outra causa ecologicamente correta. Durante o evento de repercussão mundial, ela apresentou um artigo científico sobre a cultura empreendedora de populações de Rondônia no uso do babaçu como matéria-prima para produtos artesanais.
Segundo o seu trabalho acadêmico, a Orbygnia Martiana Barb, vulgarmente conhecida como Palmeira Babaçu vem sendo utilizada na confecção de artesanato nas comunidades tradicionais assentadas no Distrito de Cujubim Grande, situado a 35 quilômetros da Capital.
“O nativo trabalha precariamente, inobstante a qualidade do produto que é comprado por visitantes turistas ou não. Notória é a possibilidade de formatação de um arranjo produtivo nos diversos distritos onde a abundância da palma possibilita rede de negócio qualificada se for adicionada a inovação”, diz o artigo de Izabel Cristina que foi orientada pelo professor doutor Flávio de São Pedro Filho que também participou da conferência.
A palmeira babaçu é nativa da região Amazônica, com importância extrativista entre os ribeirinhos assentados que a utilizam como fonte de renda por variadas modalidades. Com esse estudo, Izabel busca a possibilidade de desenvolvimento de arranjos produtivos locais, visando a construção de uma rede de negócio artesanal.
“Temos como objetivo identificar a organização produtiva sustentável com foco no artesanato de babaçu confeccionado pela comunidade de Cujubim Grande”, esclarece a pedagoga paraibana que em Rondônia, participa ativamente de ações socioambientais como, por exemplo, o incentivo do empreendedorismo dos povos da floresta.