Se tudo ocorrer dentro do cronograma, em 10 meses as crianças que necessitam de atendimento médico em Porto Velho vão contar com uma unidade de saúde mais ampla e adequada para a prestação de serviços com qualidade. Trata-se do novo Hospital Infantil Cosme e Damião que está sendo construída em uma área de 3.416,05 m², anexa ao Hospital de Base Ary Pinheiro. As obras, iniciadas em março de 2010, foram vistoriadas na manhã desta quarta-feira (12) pelo secretário estadual de Saúde, Milton Moreira, a adjunta da Sesau, Josefa Lourdes, a diretora do hospital, Marilene Penatti, o diretor do HB, Amado Rahhal, entre outros técnicos.
Com recursos da ordem de R$ 6 milhões, das compensações da usina hidrelétrica Santo Antônio, o hospital será composto por dois andares (com estrutura adequada para a construção de mais dois futuramente), terá a capacidade ampliada de 59 para 80 leitos com acompanhante em relação ao atual prédio que funciona na rua Rafael Vaz e Silva, no bairro Liberdade, além de pronto socorro e ambulatório separados, quatro consultórios médicos, três salas de triagem, salas diferenciadas para aulas, aplicação de medicamentos, de atendimento psicológico, assistência social, de inalação, de reidratação, de raios-x, de informática e para coleta de leite, além de brinquedoteca, setor administrativo e farmácia.
Com relação à capacidade, o secretário explicou que mesmo sendo ampliada é insuficiente, se considerada a demanda atual, que é de 250 a 300 crianças por dia. Mas a expectativa é que nos próximos anos o município estruture unidades para o atendimento básico e com isso serão de competência do Cosme e Damião apenas os casos que requerem internação. “A exemplo do que aconteceu com o pronto socorro João Paulo II, que hoje atende apenas aos pacientes de seu perfil, conforme a classificação por riscos normatizada pelo Ministério da Saúde, já há discussão entre o Estado e a Prefeitura da Capital, onde a demanda é bem maior, para que o mesmo ocorra com o Cosme e Damião, que só é superlotado porque pelo menos 90% das crianças atendidas atualmente poderiam ser levadas a uma unidade municipal”, disse o secretário, completando que as negociações são intermediadas pelo Ministério Público do Estado, através do promotor de Justiça, Hildon Chaves.
Entre as vantagens apresentadas pela diretora Marilene Penatti quanto à área onde o hospital está sendo construído, está o uso comum de alguns serviços do HB, como tomografia, ressonância magnética, centro cirúrgico, almoxarifado e lavanderia.
Para Amado Rahhal, a construção do novo hospital infantil, somada a outros investimentos realizados no HB, pronto socorro João Paulo II, entre outras unidades de saúde, demonstra a preocupação do Governo do Estado em garantir atendimento cada vez mais qualificado à população rondoniense.
O secretário Milton Moreira reforçou que a construção consiste na concretização do sonho da administração estadual, e dele como profissional médico e titular da pasta da saúde, de oferecer estrutura adequada ao atendimento pediátrico, hoje oferecido em prédio alugado.