Antes mesmo da votação que impediu a prorrogação da vigência da CPMF, o senador Expedito Júnior (PR/RO) anunciou que manteria seu voto contrário à contribuição. O parlamentar, que desde agosto deste ano questiona a prorrogação, havia anunciado que poderia mudar seu posicionamento caso o governo editasse uma medida provisória transferindo 16 mil servidores do antigo Território de Rondônia para a União. Outro motivo para a mudança de voto seria a revisão e suspensão do pagamento da dívida do Beron.
As três últimas semanas foram de intensas negociações. O Governo Federal tentou convencer Expedito Júnior com promessas de que seria atendido. O senador informou que o ministro Guido Mantega se negou a atender os pleitos de Rondônia. O governador Ivo Cassol foi chamado para intermediar as negociações, esteve reunido com Mantega, e o ministro da Articulação Política, José Múcio, mas o governo recuou.
"O ministro foi taxativo ao dizer que nem a transposição dos servidores e nem tão pouco a revisão da dívida do Beron seria possível atender. A justificativa é que a transposição vai onerar em R$ 500 milhões a folha de pagamento por ano. E no caso do Beron, a revisão da dívida abriria uma janela para os demais estados recorrerem", explicou o senador.
Expedito Júnior conta que mesmo sendo da base de apoio no Senado, o Governo nunca se prontificou a atender o Estado de Rondônia nesses dois casos.
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