Casos de morte por dengue caem 80% nos primeiros quatro meses

Da Redação

17 de Maio de 2012 às 14:28

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Casos de morte por dengue caem 80% nos primeiros quatro meses

Foto: Divulgação

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Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde revelou que o número de mortes provocadas pela dengue no Brasil caiu 80% durante os quatro primeiros meses do ano, passando de 374 em 2011 para 74 em 2012. O estudo também apontou uma queda de 87% no número de casos graves da doença registrados no Brasil no mesmo período: foram 8.630 em 2011 contra 1.083 em 2012.

Ao todo, 286.011 casos de dengue foram notificados em todo o País entre janeiro e abril deste ano, o que representa uma queda de 44% em relação ao total registrado nos quatro primeiros meses de 2011 (507.798 casos).

No entanto, a pesquisa mostra que ao comparar com o ano passado, houve aumento do número de casos em Rondônia, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul". No Rio de Janeiro, o número de casos foi expressivo, afirma o ministro Alexandre Padilha, "as ações conjuntas nas três esferas de Poder conseguiu evitar uma epidemia história no estado do RJ", declarou.

O levantamento mostra que dez estados concentram 81,6% dos casos notificados em 2012 ¿ Rio de Janeiro (80.160), Bahia (28.154) e Pernambuco (27.393) lideram a lista. Considerando a incidência da dengue (proporção de caso para cada 100 mil habitantes), as três cidades com as maiores taxas no Brasil são Palmas (2.494,7), Itabuna (1.445,3) e Rio de Janeiro (1.045,4).

O estudo mostra que todos os quatro tipos de dengue permanecem em circulação no País, sendo que, nos quatro primeiros meses deste ano, os tipos 1 e 4 foram os mais comuns, com 59,3% e 36,4% de um total de 2.098 amostras positivas.

O secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, lembrou que o verão constitui o período em que ocorre mais transmissão de dengue no Brasil. Segundo ele, 95% dos casos da doença são registrados no primeiro semestre do ano.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a estratégia de combate à dengue por meio do controle do mosquito é ultrapassada. Segundo ele, o novo enfoque da pasta está na integração de ações de cuidado à saúde, como redução do tempo de espera para diagnóstico e início do tratamento.

"Essa tendência (de queda dos números) não pode ser justificativa para retirarmos a frota de campo. Ela só reforça a necessidade de continuarmos com as ações", ressaltou. Segundo Padilha, o Brasil vai manter os investimentos também na criação de uma vacina contra a dengue. Atualmente, três estudos estão em andamento no País.

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