SEM ASSISTÊNCIA: Rondônia é um dos estados com menos médicos ativos no país

Atualmente, em Rondônia, há 4.449 médicos ativos para uma população de 1.581.016 habitantes, colocando o estado entre os cinco com menor número de médicos em todo o Brasil, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Todos os estados com menor número de médicos ativos estão localizados na Região Norte do país. O Amapá ocupa o último lugar, com 1.133 registros, seguido por Roraima com 1.225, Acre com 1.542 e Tocantins com 4.265.

Os dados são parte da pesquisa "Demografia Médica" e consideram informações verificadas até janeiro de 2024.

Apesar de o número de médicos em Rondônia ser menor em comparação com a maioria dos estados, houve um aumento de 155% em 13 anos, conforme o Conselho Federal de Medicina.

Em 2011, o estado possuía 1.738 médicos, enquanto em 2024 conta com 4.449 profissionais. Metade desses médicos trabalha na capital, Porto Velho, enquanto a outra metade está distribuída pelos outros 51 municípios do estado.

Destacando alguns pontos da pesquisa, a densidade de médicos em Rondônia é de 2,81 por mil habitantes, mas cai para 1,91 no interior. A maioria dos médicos ativos tem entre 35 e 39 anos, com um tempo médio de formação de 14,15 anos.

Os homens representam 51% dos médicos, enquanto as mulheres correspondem a 49%. A idade média dos médicos homens é de 45 anos, enquanto a das mulheres é de 37 anos.

Em todo o Brasil, há 575.930 médicos ativos, com uma proporção de 2,81 por mil habitantes, o maior já registrado no país. No entanto, persiste a desigualdade na distribuição, sendo a região Norte a que possui o menor número de médicos.

Para efeito de comparação internacional, o número de médicos nessa região só supera países como Índia, África do Sul e Indonésia, de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2021.

Enquanto isso, o Sudeste é a região com o maior número de médicos, com 321.905 profissionais, equivalente ao encontrado em países europeus como Reino Unido, França e Israel.